Especialistas do Instituto de Memória Nacional (IPN) da Polônia descobriram os restos mortais de quatro vítimas no local
Pesquisadores do Instituto de Memória Nacional (IPN) da Polônia descobriram os restos mortais de quatro vítimas de um campo de concentração nazista para crianças, conhecido como "Pequeno Auschwitz". A descoberta ocorreu na cidade de Lodz, e os pesquisadores estão agora trabalhando na identificação das vítimas.
Entre os restos encontrados, está o de Teresa Jakubowska, uma menina de 12 anos que foi espancada até a morte por Sydonia Bayer, chefe da seção feminina do campo, durante uma chamada. Bayer, apelidada de "Frau Doktor" devido ao seu cargo como supervisora médica, ficou infame por seus atos de crueldade contra as crianças.
Segundo relatos de sobreviventes, Bayer era conhecida por arrastar crianças doentes para a neve e jogar água fria nelas, além de ordenar espancamentos, chicotamentos e até mesmo privação de refeições.
Também foi descrita como responsável pela criação de uma cela penal destinada às crianças que urinavam na cama, onde as punia fisicamente com um pedaço de pau.
O campo de concentração infantil Litzmannstadt (Kinder-KZ Litzmannstadt), localizado em Lodz, foi fundado em 1942 sob ordens do líder da SS, Heinrich Himmler.
O campo ficou conhecido pela sua alta taxa de mortalidade e pela brutalidade de seus guardas, sendo apelidado de "Pequeno Auschwitz". Ele foi fechado em 1945, após a fuga dos guardas diante do avanço do Exército Vermelho.
Além de Teresa Jakubowska, os outros corpos encontrados são de Stanisław Kurek, Janos Duka e Leon Marczawa, todos com idades entre 14 e 15 anos. As investigações indicam que eles morreram devido a doenças e exaustão, na seção masculina do campo.
Através de registros do campo e documentos de sepultamento, o IPN localizou os restos mortais das vítimas em um cemitério católico em Lodz. A busca foi realizada entre 31 de março e 2 de abril de 2025.
O IPN anunciou que os restos mortais serão agora submetidos a exames de identificação antropológica e genética para confirmar a identidade das vítimas, conforme repercutido pelo Daily Mail.