Pintura rupestre encontrada na Serra da Capivara indica que a expressão de afeto pode ser mais antiga do que se imaginava
Uma descoberta surpreendente no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, chama atenção. Uma pintura rupestre encontrada no local pode representar o primeiro registro artístico de um beijo, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A pintura, que retrata duas figuras com as cabeças encostadas, é considerada pelos pesquisadores como uma das primeiras representações de um beijo na história. Essa descoberta é de extrema importância, pois amplia nosso conhecimento sobre as expressões de afeto e as relações sociais dos nossos ancestrais.
O Parque Nacional da Serra da Capivara, um dos maiores sítios arqueológicos do mundo, possui uma riqueza de pinturas rupestres datadas de até 50 mil anos atrás. Essas obras de arte não se limitam a retratar cenas de caça e rituais, mas também revelam aspectos mais íntimos da vida de nossos antepassados, como atos sexuais, beijos e abraços.
Segundo o UOL, as pinturas rupestres da Serra da Capivara são verdadeiras cápsulas do tempo. De acordo com a nota postada nas redes sociais do ICMBio, elas são "feitas com pigmentos naturais como óxidos de ferro e carvão".
Graças ao clima seco da região e às características das rochas areníticas, essas obras de arte preservaram-se ao longo de milênios, permitindo-nos desvendar os segredos do passado.
O valor histórico e cultural do conjunto de registros rupestres da Serra da Capivara é tão grande que, em 1991, a UNESCO reconheceu o local como Patrimônio Mundial. O parque, criado em 1979, abrange uma área de aproximadamente 130 mil hectares e continua sendo um tesouro arqueológico de importância global.