Caso de Erik e Lyle Menendez, que chocou a América há mais de três décadas, ganha novo capítulo com possível revisão da sentença
O caso dos irmãos Menendez, que há décadas fascina e divide a opinião pública, ganhou um novo capítulo com a derrota do promotor George Gascón nas eleições americanas. A decisão de Gascón de solicitar a revisão da sentença dos irmãos, condenados à prisão perpétua pelo assassinato dos pais em 1989, agora está nas mãos do novo promotor, Nathan Hochman.
O antigo promotor havia argumentado que novas evidências, incluindo uma carta escrita por Erik Menendez e o testemunho de um ex-membro do Menudo, corroboravam as alegações de abuso sexual por parte do pai das vítimas.
Essa justificativa, juntamente com o fato dos irmãos terem cometido os crimes quando eram menores de 26 anos, o levou a solicitar a alteração da sentença para prisão perpétua com possibilidade de liberdade condicional.
Hochman, que assumirá o cargo em 2 de dezembro, prometeu uma análise minuciosa do caso antes de tomar qualquer decisão. Ele planeja revisar os arquivos confidenciais, as transcrições do julgamento e conversar com todas as partes envolvidas, incluindo promotores, policiais, advogados de defesa e familiares das vítimas.
O novo promotor ressaltou a importância de tomar uma decisão justa e fundamentada, considerando a complexidade do caso e o impacto que terá na vida dos envolvidos. "Devo aos irmãos Menendez, aos familiares das vítimas e ao público garantir que qualquer decisão que eu tomar seja tomada após uma revisão completa", afirmou Hochman à imprensa.
A equipe de defesa dos irmãos Menendez se mostra cautelosamente otimista com a possibilidade de uma nova sentença. Mark Geragos, advogado dos irmãos, acredita que a revisão dos arquivos levará à mesma conclusão a que outros já chegaram: os irmãos devem ser libertados. "Todos que revisaram os arquivos chegaram à mesma conclusão", disse Geragos em uma entrevista.
Por outro lado, segundo o 'Los Angeles Daily News', familiares das vítimas, como Milton Andersen, irmão de Kitty Menendez, discordam da possibilidade de uma sentença mais leve. Ele não acredita nas alegações de abuso sexual e defende que os irmãos foram motivados pela ganância.
A audiência de nova sentença, marcada para 11 de dezembro, pode ser adiada caso Hochman necessite de mais tempo para analisar o caso. Além disso, a equipe de defesa está buscando outros recursos legais, como a anulação das condenações e a concessão de clemência pelo governador Gavin Newsom.