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Notícias / Estados Unidos

Mulher é condenada por levar chinesas grávidas para darem à luz nos Estados Unidos

Phoebe Dong e seu ex-marido ajudaram mais de 100 mulheres chinesas grávidas a viajar para os Estados Unidos e burlar política rígida de 'filho único'

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 28/01/2025, às 12h05

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Imagem ilustrativa - Getty Images
Imagem ilustrativa - Getty Images

Na última segunda-feira, 27, uma mulher da Califórnia foi condenada a mais de três anos de prisão por manter uma empresa que ajudava mulheres chinesas grávidas a viajarem para os Estados Unidos; para que seus filhos a viajarem nascessem por lá e se tornassem, automaticamente, cidadãos americanos.

Desta forma, o juiz distrital R. Gary Klausner deu a Phoebe Dong uma sentença de 41 meses de prisão. Ela e seu marido foram considerados culpados, em setembro do ano passado, por conspiração e lavagem de dinheiro por meio de sua empresa: USA Happy Baby.

Conforme repercute matéria do The Guardian, durante a audiência no tribunal federal de Los Angeles, Phoebe Dong derramou lágrimas ao lembrar que cresceu sem irmãos devido à política rígida de "filho único" da China. A ré também disse que o governo chinês obrigou sua mãe a fazer um aborto por conta das leis locais. 

O esquema 

Segundo os promotores federais, Dong e seu ex-marido, Michael Liu, ajudaram mais de 100 mulheres chinesas grávidas a viajar para os Estados Unidos. As autoridades apontam que a dupla treinou mulheres para enganarem funcionários da alfândega em aeroportos considerados 'mais relaxados' e também a usarem roupas largas para esconder suas gestações.

Por dezenas de milhares de dólares cada, a ré ajudou seus vários clientes a enganar as autoridades dos EUA e comprar a cidadania americana para seus filhos", disseram os promotores nos autos do processo, repercute o Guardian. 

Ao tribunal, Dong declarou que sua mudança para os Estados Unidos foi desafiadora, mas que ela manteve as esperanças após ter três filhos. Assim, se tornou uma cidadã norte-americana e passou a ajudar mulheres chinesas que buscavam ter mais de um filho. 

"Não quero perder meus filhos", ela disse ao tribunal. "Espero que vocês possam me dar um julgamento justo. Assumirei toda a minha responsabilidade".