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Notícias / Brasil

Governo Lula pedirá desculpas a familiares de desaparecidos na ditadura

Evento marca o Dia da Memória, pela Verdade e pela Justiça e busca reparar negligência do Estado na identificação de restos mortais

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 20/03/2025, às 19h30

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Luiz Inácio "Lula" da Silva - Getty Images
Luiz Inácio "Lula" da Silva - Getty Images

A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, fará um pedido público de desculpas aos familiares de desaparecidos políticos durante a ditadura militar (1964-1985).

A cerimônia, que faz parte de um acordo de conciliação, será realizada na próxima segunda-feira, 24, no Cemitério Dom Bosco, na zona norte de São Paulo, local onde foi descoberta em 1990 a vala de Perus, com ossadas de vítimas do regime.

Em um gesto de reparação, a União reconhecerá a falha do Estado na identificação dos restos mortais da vala de Perus. A cerimônia, marcada para o Dia da Memória, pela Verdade e pela Justiça, das 14h às 16h, incluirá um pedido formal de desculpas da ministra, que também abordará acordos com familiares e admitirá a negligência no reconhecimento dos 1.049 remanescentes ósseos.

Apesar de convidados, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o prefeito da capital, Ricardo Nunes, não confirmaram presença na cerimônia. A gestão Tarcísio, segundo a Agência Pública, optou por não realizar um evento público de pedido de desculpas, preferindo divulgar uma nota online.

Longa procura

Há mais de 50 anos, familiares buscam os corpos de desaparecidos políticos. Em 2020, a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), responsável pela identificação das ossadas, revelou que o financiamento da equipe de análise foi reduzido em 2019, levando ao encerramento de contratos com peritos.

Segundo o UOL, o Ministério Público Federal (MPF) tomou medidas legais, movendo uma ação pública contra a União, o estado de São Paulo, a USP, a Unicamp e a UFMG. A ação exige um pedido formal de desculpas aos familiares e à sociedade brasileira pela negligência na identificação das ossadas.