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Notícias / México

Agente que combatia narcotráfico no México é preso por aceitar propina de El Chapo

Ex-chefe da segurança pública do México foi preso por aceitar subornos dos cartéis que deveria combater; incluindo o cartel de Sinaloa, de El Chapo

Redação Publicado em 17/10/2024, às 12h00

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Genaro García Luna ao lado de foto de El Chapo - Domínio Público e DEA/Wikimedia Commons
Genaro García Luna ao lado de foto de El Chapo - Domínio Público e DEA/Wikimedia Commons

Genaro García Luna, ex-chefe da segurança pública do México e responsável por combater o narcotráfico violento no país, foi condenado a mais de 38 anos de prisão nos Estados Unidos. A sentença foi proferida após ser comprovado que ele aceitava subornos dos cartéis que deveria combater.

A decisão foi anunciada pelo juiz distrital Brian Cogan em uma audiência realizada na corte federal do Brooklyn. O julgamento ocorreu após a condenação de García Luna, em fevereiro de 2023, por envolvimento em atividades criminosas ligadas ao tráfico de drogas, participação em conspirações diversas e falsidade ideológica.

Os promotores defenderam uma sentença perpétua para García Luna, de 56 anos, alegando que ele recebeu milhões de dólares do cartel de Sinaloa, liderado por Joaquín Guzmán Loera, conhecido como El Chapo. Em troca dos subornos, ele teria protegido membros do cartel e facilitado o transporte de carregamentos de cocaína.

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Ao anunciar a pena de 460 meses, o juiz Cogan reconheceu a atuação positiva de García Luna como instrutor dos detentos no centro de detenção metropolitano do Brooklyn. No entanto, destacou que o impacto negativo das suas ações superou qualquer contribuição benéfica.

Apesar da sua postura agradável e eloquência, você compartilha da mesma brutalidade de El Chapo; apenas se manifesta de forma diferente", declarou Cogan, repercute o The Guardian.

Vida dupla

Durante seu mandato como ministro da segurança pública do México, entre 2006 e 2012, García Luna teria conduzido uma vida dupla. Seu advogado de defesa, Cesar de Castro, pediu ao juiz que a sentença não excedesse os 20 anos obrigatórios mínimos, enfatizando que o réu já havia cumprido quase cinco anos desde sua prisão em 2019.

A defesa argumentou que os depoimentos dos ex-integrantes do cartel de Sinaloa colaboraram com os promotores para tentar reduzir suas próprias penas ao implicar falsamente García Luna.

Antes da sentença ser proferida, García Luna afirmou em tribunal que estava sendo difamado pelo governo mexicano e por grupos criminosos. "Não cometi nenhum desses crimes", declarou. "Não sou a pessoa que os criminosos descrevem."