Os atentados de 26 de novembro de 2008, em Mumbai, destruíram edifícios históricos simbólicos importantes para a Índia, fizeram reféns e foram responsáveis por mortes
Isabela Barreiros Publicado em 17/12/2019, às 16h32 - Atualizado em 02/05/2024, às 19h57
"Golpear contra um símbolo da riqueza e do progresso da Índia" era um dos objetivos do grupo terrorista Lashkar-e-Taiba ao atacar o Taj Mahal Palace Hotel, um estabelecimento de luxo cinco estrelas construído em Mumbai, na Índia, no ano de 2008.
No estabelecimento, eram hospedados principalmente marajás, a elite social da região e ainda turistas e personalidades importantes da Europa. Mas o dia 26 de novembro de 2008, ficou marcado por um dos maiores atentados terroristas na história da Índia, que durou até o dia 29 daquele mês.
A maior cidade e centro financeiro do país sofreu com a série de ações em conjunto realizados por fundamentalistas islâmicos contra grandes prédios simbólicos do país — sendo o Taj Mahal um de seus principais alvos.
Os responsáveis pelos ataques tiveram como intuito, além de atrair os olhares do mundo para o episódio aterrorizador, danificar edifícios e construções históricas. No hotel, por exemplo, o telhado foi destruído quase que totalmente e inúmeras seções foram brutalmente arrasadas por bombas.
No total, foram doze ataques contra estruturas da cidade: a estação de trem Chhatrapati Shivaji; o restaurante Leopold Cafe; o centro de extensão judaico Casa Nariman; o cinema Metro Cinema; o quartel-general da polícia da cidade; o hospital Cama; um taxi próximo ao aeroporto; o estaleiro Mazagaon e dois hotéis de luxo: o famoso Taj Mahal Palace & Tower e o The Oberoi Trident, além de duas explosões atrás do edifício do Times of India e do St. Xavier's College.
Durante o atentado, foram feitos reféns e pelo menos 167 pessoas foram mortas. A maioria das vítimas era de cidadãos indianos, mas muitos estrangeiros também morreram por consequência dos ataques.
Especificamente no hotel, pelo menos 31 hóspedes vieram a óbito dos 450 visitantes ao total. A maioria dos resgates só foi possíveis graças aos funcionários do estabelecimento.
Após investigações, as autoridades indianas descobriram que a investida no Taj Mahal foi muito bem planejada pelo grupo terrorista. David Headley, um paquistanês-americano, ficou hospedado no hotel inúmeras vezes e conseguiu coletar informações suficientes sobre sua estrutura e funcionamento para arquitetar um plano detalhado.
O Taj Mahal Hotel reabriu suas partes menos prejudicadas no dia 21 de dezembro de 2008. Mas para sua total reinauguração, que custou por volta de 1,75 bilhão de rúpias (aproximadamente 100 milhões de reais), foi realizada apenas em 15 de agosto de 2010, no dia da independência da Índia.
Segundo o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que ficou no hotel em novembro de 2010, “o Taj tem sido o símbolo da força e da resiliência do povo indiano”. Ele foi o primeiro chefe de Estado estrangeiro a ficar hospedado no Taj depois dos atentados terroristas.
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