Em entrevista, a autora e podcaster contou detalhes do livro que chega ao Brasil em junho, pela editora Planeta
Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 31/05/2023, às 15h28 - Atualizado às 15h34
Em uma disputa acirrada com as autoridades, um assassino metódico vem trabalhando para completar seu crime mais aterrorizante. Com uso de experimentação médica, Jeremy é, de fato, um perigo entre os pântanos do estado da Louisiana.
Entretanto, a patologista forense dra. Wren Muller não deixará esse caso passar batido. Com um currículo grandioso, a doutora nunca enfrentou um caso que não pudesse resolver. Até agora. Essa é a trama do mais novo livro de Alaina Urquhart, autora, podcaster e técnica de autópsia, que foi lançado no final do ano passado e se tornou um sucesso de vendas, e que chegará no Brasil em junho, pela Editora Planeta.
O livro já possui uma série de TV confirmada, mas ainda não possui data de lançamento e nem mesmo maiores detalhes sobre a produção, tal como o estúdio e os atores da futura obra. Durante uma coletiva de imprensa realizada em 31 de maio, a autora contou detalhes do sucesso que ganhou os corações americanos dos fãs de terror.
Alaina trabalhou durante anos como técnica de autópsia e possui um podcast de true crime, então, de certa forma, ela já é acostumada a lidar com assuntos pesados e casos mórbidos de assassinato, principalmente daqueles que ainda não possuem solução. No entanto, o caso do livro não é real como os que ela está acostumada a falar.
A autora revelou que a história do livro foi criada a partir de uma série de pesadelos que ela teve durante um período. Ela conta que os sonhos eram muito vívidos, e que incluíam até mesmo música, como se o sonho tivesse uma trila sonora, a fazendo acordar assustada em diversas noites.
Mas Alaina não lembrava os detalhes do sonho quando ia contar o que estava passando pela sua cabeça ao marido, então ela começou a anotar tudo o que sonhava, a fim de poder relatar com detalhes o ocorrido, e a partir disso, viu uma oportunidade de transformar aquela história em algo que poderia ser compartilhado por várias pessoas.
“Terror pra mim é divertido, pois sempre gostei de sentir medo de algo que eu sei que estou protegida, por não existir de verdade”, diz ela sobre sua relação com o gênero, afirmando que sempre consumiu produções do ramo, como mais livros, séries e filmes.
Urquhart afirmou que o vilão não é baseado em um assassino real, mas possui diversas inspirações de casos verdadeiros que a levaram a construir os detalhes do personagem, assim como a patologista forense é inspirada em alguns detalhes de si mesma. A autora diz que queria fazer um vilão que pudesse conquistar os leitores, a fim de mexer com suas emoções e implantar dúvida sobre suas intenções:
“Eu queria fazer ele relacionável, confiável, para que as pessoas pudessem descobrir quem ele realmente é conforme a leitura do livro”.
Ela ainda brinca dizendo que a aparência de Jeremy lembra a de seu marido, pois assim até mesmo ela conseguiria “se envolver” com a falsa cordialidade do vilão. Além disso, ela também quis mostrar a frieza do antagonista, afirmando que ele não havia preferência por um tipo de vítima:
As mulheres sempre são colocadas como vítimas no terror, mas o que eu quis passar é que ninguém está seguro, já que qualquer pessoa pode ser uma vítima do Jeremy”.
“Um jeito de me tirar de dentro daquele mundo sombrio é ficar com minha família, meus filhos e meu marido”, disse a autora ao desabafar sobre o cansaço mental que sente ao se inserir demais em conteúdos violentos enquanto escreve.
Alaina também é apresentadora do podcast de true crime mais famoso do mundo, ‘Morbid’, ao lado de sua sobrinha, Ash Kelley. O programa foi ao ar pela primeira vez em maio de 2018 e se tornou um grande sucesso. Na entrevista, a autora comentou sobre seu programa e ressaltou a importância desse tipo de programa na solução de crimes que ainda não foram resolvidos.
Além disso, ela garantiu que os programas também são importantes por apresentar as vítimas de forma extensa, exibindo a história de vida delas de forma completa, para humanizar e homenagear aqueles que morreram nas mãos de assassinos em série.
Ela ainda falou sobre a diferença da escrita para o podcast e para um livro, já que, diferentemente do programa, que foca na história da vítima, no livro é preciso também colocar o leitor no lugar do assassino, criando uma conexão do público com todos os personagens, para deixá-los com sensação de dúvida e suspense.
E ao finalizar a entrevista, a Alaina revelou que “a história de Jeremy ainda não acabou, está em progresso”, o que indica que ela pode estar trabalhando em uma continuidade para a saga de investigação da dra. Wren Muller.
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