Juana Barraza, a mulher que matava idosas - Divulgação/Netflix
Serial Killer

'Matadora de velhinhas': Primeira serial killer do México casou e se divorciou na prisão

Em 2015, a assassina chamou a atenção do país ao aparentemente encontrar amor atrás das grades; entenda!

Ingredi Brunato Publicado em 08/08/2023, às 16h40

Foi lançado na Netflix um documentário sobre a "La Mataviejitas" (expressão em espanhol que pode ser traduzida como "Matadora de Velhinhas"), que é o apelido da primeira serial killer do México. 

Juana Barraza Samperio cometeu os homicídios entre 1998 e janeiro de 2006, quando foi finalmente capturada pelas autoridades mexicanas. Neste meio tempo, ela tirou as vidas de cerca de 48 senhoras, conforme as estimativas oficiais. 

A história da La Mataviejitas

Retrato falado de Juana Barraza / Crédito: Divulgação/ Vídeo/ Netflix

 

A assassina costumava tocar a campainha da casa de suas vítimas — que, além de já terem um físico mais frágil, moravam sozinhas, sendo, portanto, particularmente vulneráveis — fingindo ser uma assistente social ou então uma profissional da área da saúde. Após conseguir adentrar o local, espancava ou estrangulava as mulheres até a morte. 

Além disso, segundo informado pelo El Pais, Samperio com frequência aproveitava para saquear os itens de valor da residência das senhoras. Ela apenas foi capturada depois que o vizinho de uma de suas vítimas a viu deixando a cena do crime, e alertou a polícia.

Vale mencionar que, antes de seus assassinatos serem revelados, a mexicana era mais conhecida pela fama de lutadora profissional, que se chamava "Dama do Silêncio". 

Fotos de Juana Barraza / Crédito: Domínio Público/ Wikimedia Commons

 

Juana Barraza Samperio afirmou em interrogatório que o motivo para seus atos criminosos era o ressentimento que sentia em relação à sua mãe, que era alcoólatra e agressiva, além de ter permitido que a filha fosse sexualmente abusada repetidamente em troca de cervejas. 

Apesar dos investigadores mexicanos acreditarem que La Mataviejitas tenha assassinado mais de quarenta mulheres idosas, ela foi condenada pelos homicídios de apenas 17 senhoras. Isso já foi suficiente, porém, para receber uma sentença de 759 anos de prisão. 

Romance atrás das grades? 

Como uma criminosa condenada a passar a vida na cadeia, Juana engatou um romance com outro prisioneiro, Miguel Ánjo, um homem que também foi condenado por assassinato e vive na mesma prisão que ela — porém na sessão masculina. 

Após se apaixonarem através de cartas, os dois se casaram em 2015, num desdobramento que atraiu grande atenção da imprensa do México e do restante do mundo. Na época, ela tinha 59 anos, e ele 74. 

Um detalhe curioso, aliás, é que o matrimônio da dupla criminosa foi incentivado pelo próprio governo mexicano, que possui um programa para estimular seus prisioneiros a formarem laços interpessoais entre si.

Apenas um ano depois, no entanto, o casamento acabou se desfazendo. Também conforme o El País, foi Juana que pediu o divórcio. "Assim que nos vimos, o amor desapareceu", relatou a assassina, segundo repercutiu o veículo. 

Eles não se viram muitas vezes, aliás: seu primeiro encontro foi, na verdade, no dia em que se casaram. No fim das contas, os prisioneiros se viram em apenas três ocasiões, e por tão pouco tempo que, somadas, as três visitas totalizavam apenas 40 minutos. Assim, a Matadora de Velhinhas decidiu voltar a ficar solteira em 2016. 

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