Com a ampla repercussão da série e documentário da Netflix, uma tia dos irmãos Menendez relembrou o infame caso recentemente
Thiago Lincolins Publicado em 15/10/2024, às 20h40
O caso dos irmãos Erik e Lyle Menendez voltou a ganhar destaque após a estreia da segunda temporada da série "Monstro", de Ryan Murphy, e o documentário "O Caso dos Irmãos Menendez", da Netflix.
Ao mesmo tempo, uma nova audiência foi marcada para os Menendez, na qual evidências recentemente descobertas foram apresentadas ao promotor público, com o intuito de reconsiderar suas sentenças.
Dentre as diversas discussões em torno do caso após mais de 30 anos, as declarações dos próprios irmãos e de seus entes mais próximos têm sido as mais chocantes.
Joan VanderMolen, irmã mais velha de Kitty Menendez, é uma defensora de longa data dos sobrinhos e revelou detalhes íntimos sobre suas vidas antes e depois do crime.
Em entrevista à Vanity Fair, Joan, agora com 92 anos, compartilhou relatos sobre os abusos sofridos pelos meninos e falou sobre sua irmã, Kitty.
Joan relatou que sua filha, Diane, presenciou parte dos abusos enfrentados pelos irmãos e tentou alertar Kitty sobre a situação. Ela, no entanto, fora ignorada.
"Diane ficou mais tempo [ao visitar a família] e testemunhou mais disso, e foi ela quem contou a Kitty que o pai de Lyle estava abusando dele. Mas ela não acreditou. Ela levou Lyle direto para o pai dele lá em cima para que ele pudesse fazer o que quisesse", explicou Joan.
A situação, como é de se imaginar, afetou a filha de Joan, que também é uma árdua defensora dos primos.
"Até hoje. Isso afetou a vida dela toda. Ela ama tanto aqueles meninos. Parte meu coração até mesmo falar sobre isso. Nada que [Erik e Lyle] estavam vivenciando é normal, mas ela fez o que pôde. Kitty não ouviu. Foi devastador para Diane".
Joan também relembrou comportamentos estranhos de Erik na infância como resultado dos abusos, que ele ainda manifesta atualmente.
"Erik simplesmente se recusou a comer a menos que tivesse limão. E meu pai não conseguia entender qual era o problema. Não importava o que meu pai fizesse ou dissesse, não mudava: ele tinha que comer limão. E acontece que ele estava sendo agredido pelo pai, e não sei como expressar isso de outra forma que não seja sendo vulgar, mas gozav* na boca dele e fazia Erik engolir", explicou.
Até hoje, Erik mantém o hábito do limão nas refeições, um reflexo permanente do trauma vivido.
Joan comentou sobre como lida com seu apoio aos sobrinhos enquanto ainda lamenta a perda da irmã, revelando que os irmãos pediram para Kitty deixar José.
"Eles tentaram tanto fazê-la deixá-lo, e esse é o resultado. Não sei mais o que dizer. Ela estava por trás de tudo que José fez e sabia o que estava acontecendo. E como você pode não [fazer algo]? Isso me deixa doente", ela disse.
Joan acrescentou que mantém contato frequente com Erik e Lyle e que ambos estão esperançosos quanto a uma possível revisão da sentença.
"Eles estão esperançosos. Isso é tudo que posso dizer: esperançosos. Todos nós estamos. Eu poderia chorar só de pensar em todos os anos que se passaram, e lá estão eles".
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