'A Viagem de Pedro', da diretora Laís Bodanzky, quebra imagem heroica do imperador ao imaginar seu retorno até Portugal
Redação Publicado em 29/08/2022, às 13h51
Nos 200 anos da Independência, chega aos cinemas um filme que mistura fato e ficção ao retratar o retorno de Dom Pedro I à Portugal. Se trata do filme ‘A Viagem de Pedro’, que relata o período em que imperador volta para Portugal com o objetivo de disputar o trono de Portugal com seu irmão, a fim de colocar sua filha Maria da Glória como monarca do país europeu.
Com o ator Cauã Reymond no papel de Dom Pedro, o filme que chega aos cinemas brasileiros em 1° de setembro foca na mente do personagem histórico, e traz um personagem profundo, que encara a rejeição do povo e a culpa pela morte da imperatriz Leopoldina (Luise Heyer), ao mesmo tempo em que tenta equilibrar a situação com a sua imagem.
O filme mostra um imperador mulherengo e ganancioso, o que acaba por desenvolver um casamento turbulento com Leopoldina, vítima de agressão verbal, mental e física.
"A gente geralmente conhece os personagens históricos, heroicos, tudo o que deu certo na trajetória deles. A ideia era desconstruir esses heróis, mostrando suas fragilidades, angústias, contradições, erros, culpas”, explica Laís Bodanzky ao Jornal do Brasil.
Na pré-estreia do filme, Cauã Reymond refletiu sobre a saga do imperador e o Brasil atual.
"A gente tem um dom Pedro que se dizia liberal, mas quando ficava inseguro era um ditador. Era um dom Pedro que gostava de ficar com os empregados que eram escravos e achava que não era racista, mas era. Acho que a gente tem um Brasil que está bem contraditório também", explicou ele.
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