Encontrado no permafrost siberiano, o verme em questão é o mais antigo a ser reanimado
Giovanna Gomes Publicado em 28/07/2023, às 16h18
Um grupo de cientistas conseguiu reanimar um verme microscópico que permaneceu vivo no solo congelado da Sibéria por impressionantes 46 mil anos, tornando-se o organismo mais antigo a voltar à vida. A descoberta foi publicada recentemente nas revistas científicas Live Science e Scientific American.
Conforme informou o portal de notícias UOL, o verme em questão pertence a uma espécie chamada Panagrolaimus kolymaensis, a qual foi descoberta em 2002 em uma toca fossilizada de esquilo no permafrost siberiano. Surpreendentemente, ele não estava morto, mas em um estado de dormência conhecido como criptobiose.
A fonte explica que na criptobiose, o metabolismo do organismo diminui consideravelmente, e suas células desidratam.
O estudo recentemente publicado revela que alguns organismos são capazes de sobreviver por períodos extremamente longos em ambientes congelados.
No caso desse verme, sua criptobiose é a mais longa já registrada em nematóides e acredita-se que tenha começado no final do Pleistoceno, período que ocorreu entre 2,6 milhões e 11,7 mil anos atrás.
Anteriormente, os pesquisadores da área só tinham evidências de que os vermes poderiam permanecer nesse estado de criptobiose por menos de 40 anos. Os registros mais longos conhecidos eram de criptobiose em espécies antárticas, com 25,5 anos para o Plectus murrayi (em musgo congelado a -20°C) e 39 anos para o Tylenchus polyhypnus (dessecado em um espécime de herbário).
Essa descoberta pode ter implicações importantes para o desenvolvimento de terapias combinadas que retardam o processo de envelhecimento em humanos.
Além disso, os resultados têm implicações significativas para a compreensão dos processos evolutivos, uma vez que os períodos de geração podem se estender de dias a milênios, e a sobrevivência a longo prazo de indivíduos de espécies pode levar à reflorestamento de linhagens extintas, conforme explicado pelos autores do estudo publicado na revista científica PLOS Genetics.
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