Foto de Vênus - NASA/JPL-Caltech
Vênus

'Vemos possíveis sinais de vida na atmosfera de Vênus', afirma cientista da NASA

"Gêmea da Terra", planeta possui atmosfera composta por ácido sulfúrico e dióxido de carbono — que pode atingir temperaturas de 475ºC

Fabio Previdelli Publicado em 24/08/2023, às 11h18

Descrita como "gêmea da Terra", Vênus possui um tamanho e estrutura semelhantes ao nosso planeta. Mas as condições de sua atmosfera são as mais distintas possíveis: composta por ácido sulfúrico e dióxido de carbono.

O cenário provoca um efeito estufa descontrolado, mas que impede que o calor escape para o 'espaço exterior'. Por conta disso, o planeta que fica a 107 quilômetros do Sol pode atingir temperaturas escaldantes de 475ºC.

Apesar das condições, cientistas debatem há anos se as nuvens de Vênus podem abrigar, de alguma forma, vida microbiana capaz de sobreviver à base de enxofre, metano e ferro.

Vênus pode ser o último planeta em que alguém poderia esperar encontrar vida extraterrestre, mas é exatamente lá que uma cientista da NASA acredita que podemos encontrar respostas.

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Extraterrestres em Vênus

Em entrevista ao The Sun, a Dra. Michelle Thaller, cientista pesquisadora do Goddard Space Flight Center, da NASA, apontam que seres extraterrestres podem estar escondidos em Vênus em condições insuportáveis ​​para os humanos.

Thaller diz que "possíveis sinais de vida" já foram vistos na atmosfera cheia de dióxido de carbono, acrescentando que ela estava absolutamente certa de que existe vida em algum lugar.

Vemos possíveis sinais de vida na atmosfera de Vênus", afirmou. "Eu nunca esperei nada de Vênus. Mas Vênus é, agora, um lugar onde podemos ver algo na atmosfera que se assemelha muito com o que poderia ser produzido por bactérias."

Pesquisadores científicos teorizam há tempos de que o processo de fotossíntese é possível na superfície do planeta, visto que Vênus recebe energia solar o suficiente para penetrar através das suas nuvens espessas.

Mas o professor Dominic Papineau, astrobiólogo da University College de Londres, diverge deste ponto de vista. Ao Daily Mail, ele apontou que as perspectivas de Michelle são "difíceis de formular hipóteses realisticamente".

"Para que ocorram reações químicas relacionadas à vida, é necessária água líquida. Portanto, para encontrar vida extraterrestre, precisamos encontrar água líquida, e para encontrar fósseis extraterrestres é necessário procurar rochas sedimentares que foram associadas à água líquida no passado", apontou.

Isto torna a vida em Vênus, hoje, difícil de formular hipóteses realisticamente, porque a sua superfície é demasiadamente quente, embora Vênus possa ter tido água líquida no seu passado", continua.

"No entanto, um problema com um possível registo fóssil em Vênus é o vulcanismo generalizado que parece ter coberto a maior parte da superfície nas últimas centenas de milhões de anos", finaliza.

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