ONU alerta uso de linguagem preconceituosa e imagens estigmatizante; entenda
Redação Publicado em 24/05/2022, às 17h00 - Atualizado às 17h55
O UNAIDS — programa da Organização das Nações Unidas responsável por criar soluções e ajudar nações no combate ao HIV — alertou a ocorrência de episódios racistas e LGBTfóbicos em comentários e reportagens sobre a varíola dos macacos, doença que tem sido registrada em diversos países e preocupa cientistas.
Os primeiros casos registrados na Europa do novo surto ocorreram principalmente por contato sexual entre homens infectados, como informado pelo portal de notícias UOL.
No entanto, a doença não se dissemina apenas por contato sexual, mas por contato próximo com uma pessoa infectada (lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias), com um animal contaminado ou com materiais que tenham sido expostos ao vírus, como roupas de cama, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a UNAIDS, uma parcela significativa dos casos confirmados de varíola dos macacos consiste em homens que têm relações sexuais com outros homens. Essa informação, por sua vez, promove o desenvolvimento de estigmas e preconceitos, que muitas vezes são reforçados por alguns veículos midiáticos, que levam a compreensão de que os principais transmissores da doença são homens homoafetivos e negros — pela origem da doença ser africana.
A experiência mostra que a retórica estigmatizante pode desarmar a resposta baseada em evidências, gerando ciclos de medo, impedindo esforços para identificar casos e incentivando medidas punitivas ineficazes", diz Matthew Kavanagh, vice-diretor executivo do programa da ONU, em comunicado. "O estigma machuca todo mundo. A ciência compartilhada e a solidariedade social ajudam a todos."
A Dinamarca é o país mais recente a noticiar um caso da varíola dos macacos. Com isso, o número de países a notificarem casos da doença chegam a 16. O infectado é um homem adulto que havia voltado recentemente de uma viagem à Espanha, onde deve ter pegado a doença.
A OMS informou que 92 casos e 28 suspeitos já foram registrados nos países não endêmicos — fora da África. Os países mais afetados até o momento são a Espanha, o Reino Unido e Portugal, este último com um total de 37 casos.
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