A descoberta surpreendente da idade da estrela HD 110067, localizada a 105 anos-luz da Terra, está intrigando os especialistas; entenda!
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 23/12/2024, às 16h00
Escondida na constelação de Coma Berenices, a estrela HD 110067 tem intrigado os astrônomos. Pensava-se que essa estrela, com seus seis exoplanetas em uma dança orbital sincronizada, tivesse bilhões de anos. No entanto, uma nova pesquisa revela uma verdade surpreendente: a HD 110067 pode ser muito mais jovem do que se imaginava.
Estudos anteriores, baseados no diagrama de Hertzsprung-Russell, estimavam a idade da estrela em cerca de 8 bilhões de anos. Mas uma equipe internacional de astrônomos, liderada por Klaus-Peter Schröder da Universidade de Guanajuato, no México, decidiu aprofundar a pesquisa. Ao analisar a atividade estelar e a taxa de rotação da HD 110067, os cientistas chegaram a uma conclusão surpreendente: a estrela teria apenas cerca de 2,5 bilhões de anos.
Para determinar a idade da estrela, a equipe analisou a intensidade da luz emitida por átomos de cálcio em sua atmosfera. Essa luz, com um comprimento de onda específico, é produzida quando os poderosos campos magnéticos da estrela excitam os átomos de cálcio. Quanto mais jovem a estrela, mais intensa é essa emissão luminosa, indicando uma maior atividade magnética.
"Uma estrela como o nosso sol que está na metade do seu ciclo de vida é moderadamente ativa. Mas esta estrela é muito mais ativa do que isso", disse Schröder no estudo.
Em seguida, os pesquisadores estudaram a rotação da estrela. A HD 110067 gira relativamente rápido, completando uma volta em cerca de 20 dias. Comparando esse dado com outras estrelas similares, como a Sigma Draconis, os cientistas conseguiram estimar a idade da HD 110067 com mais precisão.
"Como essas estrelas têm trilhas de evolução e taxas de rotação semelhantes, podemos entender em que ponto a estrela está em sua vida", disse a autora principal do estudo, Maddie Loupien.
Segundo o 'Live Science', a nova idade da estrela levanta questões intrigantes sobre a formação e evolução de seus exoplanetas. A sincronia orbital dos planetas, antes atribuída a bilhões de anos de interação gravitacional, pode ter se desenvolvido em um período de tempo muito mais curto.
Essa descoberta também impacta na busca por vida extraterrestre no sistema. Embora a zona habitável da estrela possa abrigar planetas com condições climáticas mais amenas, a intensa radiação emitida por estrelas jovens pode dificultar o desenvolvimento de vida complexa.
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