Daniel Andreas San Diego - Divulgação
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Um dos terroristas mais procurados dos EUA é preso no Reino Unido

Daniel Andreas San Diego, de 46 anos, é um ativista dos direitos dos animais acusado de ter conexão com atentado a bomba na Califórnia em 2003

Éric Moreira Publicado em 27/11/2024, às 09h17

Na última terça-feira, 26, o FBI divulgou a informação de que um dos terroristas mais procurados dos Estados Unidos desde 2009 foi preso no Reino Unido. Hoje com 46 anos, Daniel Andreas San Diego é acusado de possuir envolvimento em atentado a bomba contra uma empresa de biotecnologia da Califórnia em 2003.

Conforme repercutido pelo serviço de inteligência americano, o suspeito foi capturado na última segunda-feira, 25, no País de Gales, durante uma operação organizada pela Agência Nacional do Crime do Reino Unido, em parceria com a Polícia Antiterrorista e com a Polícia do Norte do País de Gales.

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Entenda o caso

Segundo a CNN, Daniel Andreas foi acusado, há mais de uma década, de se envolver com a explosão de uma bomba na Chiron Inc, uma empresa de biotecnologia nas proximidades de Oakland, na Califórnia, em agosto de 2003.

Vale mencionar que, na época, uma segunda bomba foi encontrada e desativada, que era destinada a atingir socorristas, e o homem também é acusado de plantar uma terceira bomba em outra empresa do estado, apenas um mês depois. Felizmente, em nenhum dos casos foram registrados feridos.

Na época, quem assumiu responsabilidade pelos ataques foi uma entidade autodenominada Células Revolucionárias, em declarações publicadas em um site a favor dos direitos dos animais. Na mensagem, relacionaram as empresas atacadas com a Huntingdon Life Sciences, uma empresa farmacêutica que, na época, foi criticada por vários ativistas por realizar testes em animais.

Foi só no ano seguinte, em 2004, que um júri federal acusou Daniel Andreas San Diego de envolvimento com o grupo, além de destruição ou tentativa de destruição de propriedade com explosivos, e uso de dispositivo destrutivo em crime de violência. O FBI reforça que o homem expressava abertamente opiniões extremistas, e defendia o uso da violência para alcançar objetivos relacionados ao movimento em prol dos direitos dos animais.

Christopher Wray, diretor do FBI, disse em comunicado que, com a prisão, o serviço de inteligência americano demonstra que não importa quanto tempo passe, um suspeito em fuga não deixará de ser perseguido. "Existe uma forma certa e uma forma errada de expressar os seus pontos de vista no nosso país, e recorrer à violência e à destruição de propriedade não é a forma certa", afirmou.

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