Thais Medeiros de Oliveira foi internada em estado gravíssimo, em 17 de fevereiro de 2023, ao ter reação alérgica ao cheiro de pimenta
Fabio Previdelli Publicado em 17/02/2024, às 08h56
Em 17 de fevereiro de 2023, há exato um ano, Thais Medeiros de Oliveira, agora com 26, foi internada em estado gravíssimo, em Anápolis (GO), após passar mal ao sentir o aroma de uma 'pimenta bode' na casa de seu então namorado.
"Ela estava com meus pais na cozinha, e entraram em assunto de pimenta. Então ela passou a pimenta no nariz e cheirou. A garganta dela começou a coçar e, logo em seguida, ela já foi perdendo as forças. E a levamos para o hospital", explicou Matheus Lopes de Oliveira à época ao G1. Mas, um ano depois, qual o estado de saúde da Thais?
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Após esse período, a jovem, que sofre com asma, já foi internada mais de oito vezes, além de ter passado mais de 340 dias no hospital — mais de 70 deles sendo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Thais também foi submetida a diversos tratamentos, como fisioterapia, sessões de fonoaudiologia e até mesmo neuromodulações. Em entrevista ao G1, Adriana Medeiros, mãe da jovem, ainda revelou que a filha não anda e tampouco consegue falar.
Vivemos um dia de cada vez e sempre estamos na esperança de uma melhora, cuidando e lutando para tornar os dias dela melhores", apontou.
Atualmente, Thais está em casa e sua família luta para conseguir, por meio da rede pública de saúde de Goiânia, o tratamento home care. "Cuidar dela sozinha é muito doloroso, faço o possível e o impossível", disse Adriana que, além, da filha, também é responsável por suas duas netas.
A mulher ainda alegou que a Justiça determinou que o tratamento home care seja oferecido para a filha, mas a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aponta que o Sistema Único de Saúde (SUS) não oferece esse tipo de cuidado.
Ainda assim, o órgão relatou que, em casa, Thais é assistida por profissionais do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer). Leia abaixo a nota publicada pelo SMS:
A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que o Sistema Único de Saúde (SUS), não reconhece nenhuma política pública de Home Care. Goiânia custeia, com recursos próprios, serviços para pacientes que saem da UTI, vão para casa e precisam de respiradores, ou seja, não conseguem respirar sozinhos, o que não é o caso da paciente em questão. Portanto, ela não se enquadra nos critérios de atendimento do serviço municipal e, por isso, o município recorreu da decisão liminar.
O serviço que Goiânia poderia oferecer, que são visitas regulares em casa por uma equipe multidisciplinar de saúde, já é ofertado pelo Crer.
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