Espécie pertencente à ordem dos quimeriformes — parentes distantes dos tubarões e raias — era até então desconhecida
Giovanna Gomes Publicado em 21/03/2024, às 16h00
Os quimeriformes, parentes distantes dos tubarões e raias, são peixes cartilaginosos e estão entre as espécies mais antigas ainda existentes, remontando a cerca de 300 a 400 milhões de anos atrás. Recentemente, os cientistas identificaram um novo membro desse grupo: o Chimaera supapae, que foi descrito em 6 de março na revista Raffles Bulletin of Zoology.
David Ebert, líder do estudo e diretor do programa do Centro de Pesquisa Pacific Shark da Universidade Estadual de San Jose, na Califórnia, nos Estados Unidos, enfatizou em e-mail encaminhado ao portal LiveScience que agora são conhecidas 54 espécies de quimeras em todo o mundo, com a inclusão do Chimaera supapae.
Conhecidos como "tubarões fantasmas" devido aos seus grandes olhos refletores, ou "peixes-rato" por sua aparência corporal, os quimeriformes habitam as profundezas oceânicas, geralmente a uma profundidade mínima de 500 metros, alimentando-se principalmente de crustáceos, moluscos e minhocas.
O Chimaera supapae foi descoberto na costa da Tailândia, no mar de Andamão, a uma profundidade entre 772 e 775 metros. Segundo Ebert, as quimeras são raras nessa região do mundo.
O C. supapae estudado era um macho ainda imaturo e foi nomeado em homenagem à falecida cientista tailandesa Supap Monkolprasit, que fez grandes contribuições para a pesquisa de peixes cartilaginosos.
Os pesquisadores ficaram intrigados com as características distintas do C. supapae, incluindo sua grande cabeça com um pequeno focinho e olhos ovais grandes. Análises de DNA também revelaram diferenças significativas entre o C. supapae e outras quimeras conhecidas.
Como destacou o portal Galileu, o peixe estudado tem aproximadamente 51 centímetros de comprimento, com olhos grandes, iridescentes e verdes, e pele de tom marrom escuro. Suas barbatanas peitorais largas, que se assemelham a uma franja ou babado, destacam-se e provavelmente ajudam o animal a se locomover em fundos rochosos.
+ Confira aqui o estudo completo.
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