O órgão jurídico avaliou que apresentações de Pabllo Vittar e Marina tiveram intervenções favoráveis a opositores de Bolsonaro
Redação Publicado em 27/03/2022, às 11h41
O PL, partido do atual presidente Jair Bolsonaro, entrou com uma ação contestando a postura de alguns artistas que se apresentaram no Lollapalooza na última sexta-feira (25). De acordo com os representantes do partido, houve propaganda eleitoral irregular em diversas apresentações do dia.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) analisou o pedido e concluiu que Pabllo Vittar e Marina mostraram, durante seus shows, atitudes que se enquadram como propaganda eleitoral. O ministro Raul Araújo determinou que, caso qualquer outro artista se manifeste a favor ou contra qualquer político brasileiro durante suas apresentações, a multa será de R$ 50 mil para a organização do evento.
A cantora britânica Marina xingou o atual presidente durante sua performance e a maranhense Pabllo Vittar abriu sua apresentação carregando uma bandeira com o rosto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estampado. A partir disso, o PL alegou propaganda eleitoral antecipada.
De acordo com o portal Splash, o ministro responsável pelo veto justificou a decisão: "Percebe-se que os artistas mencionados na inicial fazem clara propaganda eleitoral em benefício de possível candidato ao cargo de Presidente da República, em detrimento de outro possível candidato, em flagrante desconformidade com o disposto na legislação eleitoral, que veda, nessa época, propaganda de cunho político-partidária em referência ao pleito que se avizinha".
Pabllo e Marina não foram as únicas — nem as primeiras — figuras a demonstrarem seus posicionamentos políticos no palco da nona edição do evento. Astros nacionais como o rapper Edgar, os cantores Silva e Jão e a banda Detonautas também manifestaram seu desapreço pelo atual presidente em cima do palco.
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