Prometendo uma viagem "segura", a Triton pretende alcançar objetivo da trágica missão náutica do ano passado, que levou a implosão do submersível Titan
Éric Moreira Publicado em 29/05/2024, às 12h59
Nesta semana, foi noticiado que a dupla de empresários Larry Connor e Patrick Lahey, um investidor imobiliário e o cofundador da Triton Submarines — uma empresa produtora de submersíveis de referência no mercado — pretendem realizar uma nova expedição para esquecer a tragédia do submersível Titan, que implodiu em junho do ano passado, prometendo uma viagem "segura".
Para tanto, eles estão conduzindo a construção de um novo submersível com casco de acrílico, também conduzido por um joystick, mas que garante suportar sem problemas a pressão da profundidade do Titanic: o 'The Explorer – Return to the Titanic'.
Para recordar, era junho de 2023 quando cinco pessoas morreram na viagem do submersível Titan, da OceanGate, que tentava chegar próximo ao famoso naufrágio do RMS Titanic. O veículo implodiu, e todos os seus passageiros foram esmagados pela pressão da água.
Já a nova empresa, a Triton Submarine, já é conhecida e é referência no mercado de submersíveis, sendo detentora de uma série de recordes, incluindo o mergulho mais profundo na história (10,9 mil metros, em 2019); o mergulho mais profundo no oceano Atlântico (8,3 mil metros, em 2018); e também foram os primeiros a registrar imagens em alta resolução do Titanic, em 2019.
O novo submersível "O Explorador", que ainda deve ser mais bem desenvolvido, será principalmente baseado em um modelo já produzido pela empresa: o Triton 4000/2 Abyssal Explorer. Compacto, ele possui apenas 4,45 metros de comprimento por 2,75 de largura, com capacidade para duas pessoas.
Com "asas", ele poderá ser conduzido ao longo do mergulho, e será reforçado comum casco amplo de acrílico, em que serão acopladas câmeras de alta resolução para ter uma visão em 320ª do fundo do oceano. Mas seu maior diferencial: ao contrário do Titan, que poderia mergulhar até 1,3 mil metros, o Triton pode descer a 4 mil metros.
Além do mais, conforme descrito pelo g1, ele poderá subir e descer na viagem em menos de duas horas, sendo ainda mais rápido que o Titan, e pode suportar viagens por até 12 horas. Seu controle também será feito com um joystick, mas ainda haverá uma tela de controle sensível ao toque.
O modelo de referência, o 'Triton 4000', carrega esse número justamente por conta da profundidade que pode submergir, e já é licenciado para uso comercial. O novo modelo que fará expedição ao Titanic, porém, ainda está em desenvolvimento, e deve ficar pronto somente em 2026.
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