Os incríveis artefatos foram descobertos no Mar Mediterrâneo e, segundo autoridades cipriota, foram extraídos de forma ilícita.
Pamela Malva Publicado em 18/05/2020, às 14h00 - Atualizado às 14h29
Com a ajuda de uma tecnologia sensível e precisa, arqueólogos britânicos encontraram um aglomerado de 12 navios naufragados do século 17. Localizados na região do Chipre, no Mar Mediterrâneo, a expedição revelou artefatos inestimáveis.
Apesar do incrível achado, contudo, o governo do Chipre acusou a Enigma Recoveries, empresa privada responsável pela descoberta, de escavação ilícita. A fantástica carga foi, então apreendida pelo Estado cipriota.
Tanto o governo de Chipre quanto a Enigma Recoveries, no entanto, temem que a enorme coleção — que conta com 588 artefatos históricos — seja vendida em leilões. Em sua defesa, a empresa de expedições afirmou que levaria a coleção até um museu.
As escavações marítimas foram feitas na Bacia do Levantine e revelaram peças de valor inestimável provenientes de diversos países. Entre as embarcações exploradas estava um colossal navio otomano de 43 metros de comprimento.
O enorme barco revelou uma rota da seda desconhecida até então, que ligava a China e a Pérsia. Nele, foram identificadas as primeiras porcelanas da dinastia Ming já descobertas no Mar Mediterrâneo.
Além das peças raras, os arqueólogos ainda identificaram jarros italianos, 12 cafeteiras, grãos de pimenta, vidro e cerâmica da Bélgica, Espanha, Itália, Iêmen e Golfo Pérsico, e incensos árabes. Existiam ainda peças de cerâmica inglesa, cortinas italianas, cocos e grãos egípcios.
Uma das descobertas mais incríveis da expedição, no entanto, contou com uma coleção de 360 xícaras decoradas, datadas 1627 a 1644. Tais artefatos indicam que o costume de tomar chá nasceu muito antes dos britânicos.
Confira mais imagens dos artefatos encontrados:
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