De acordo com a Save The Children, nem mesmo crianças de 11 anos estão escapando de serem decapitadas
Ingredi Brunato, sob supervisão de Alana Sousa Publicado em 16/03/2021, às 14h00
Segundo divulgado pela organização sem fins lucrativos Save The Children e repercutido pelo UOL nesta terça-feira, 16, um grupo terrorista tem invadido vilarejos em Cabo Delgado, província de Moçambique, e decapitando diversos moradores - incluindo crianças de apenas 11 e 12 anos de idade.
O órgão falou com diversas mãe em luto: "Naquela noite, nosso vilarejo foi atacado e casas foram queimadas. Quando tudo começou, eu estava em casa com meus quatro filhos. Tentamos fugir para a floresta, mas eles pegaram meu filho mais velho e o decapitaram. Não podíamos fazer nada porque seríamos mortos também”, relatou uma delas, segundo o UOL.
Os atos de terrorismo já ocorrem no país desde 2017, somando até o momento 2,5 mil mortos e forçando cerca de 700 mil moçambicanos a abandonarem seus lares para escaparem do mesmo destino. O grupo extremista islâmico por trás da situação é conhecido como Al-Shabab.
Chance Briggs, que é a diretora do Save The Children em Moçambique, procurou explicar a conjuntura da região em entrevista à BBC: “Falando francamente, é difícil entender as motivações exatas, mas o que vemos é que os insurgentes estão tentando expulsar as pessoas. Eles convocam jovens para se juntarem a eles como recrutas e, se recusarem, são mortos e às vezes decapitados. Eles perseguem as pessoas. É muito difícil ver onde isso vai terminar”.
Briggs ainda comentou que a percepção que o dinheiro provindo dos recursos naturais de Cabo Delgado e outras regiões pobres de Moçambique não estão sendo distribuídos de maneira justa parece ser um dos motivadores de Al-Shabab.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro