John Anthony Miller foi detido por enviar mensagens de voz antissemitas para a senadora democrata Jacky Rosen
Fabio Previdelli Publicado em 31/10/2023, às 11h54
Em Las Vegas, nos Estados Unidos, um homem foi preso por enviar mensagens de voz antissemitas para uma senadora judia. Nos áudios, ele a chama de "verme" e promete "terminar o que Hitler começou", aponta a denúncia federal.
Por conta disso, o sujeito, identificado como John Anthony Miller, de 43 anos, agora enfrenta acusações federais de ameaçar um funcionário federal pelas mensagens que deixou entre 11 e 19 de outubro — e novamente em 24 de outubro.
+ Kanye West sugeriu que gerente judeu da Adidas beijasse foto de Hitler diariamente
Embora a queixa federal não mencione o nome da senadora, o gabinete de Jacky Rosen — uma democrata de Nevada que se descreve como uma "defensora declarada de Israel" — confirmou que ela era a destinatária.
As ameaças contra funcionários públicos devem ser levadas a sério", disse um porta-voz do seu gabinete num comunicado. "A senadora Rosen confia no Ministério Público dos EUA e nas autoridades federais para lidar com este assunto".
Conforme a denúncia, repercute o New York Post, as mensagens ofendiam Rosen, que já atuou como presidente de sua sinagoga local, com calúnias, chamando-a de "vermes" e ameaçando "terminar o que Hitler começou".
Em outra, Miller criticou o apoio da senadora a Israel e também ofendeu sua fé: "Você escolheu seu lado, vadia, e escolheu o mal. Eu não dou a mínima se você nasceu nisso ou não, vadia, você é malvada, vadia e vamos exterminar você, porra".
Dois dias depois, ele ligou novamente: "Senadora, sinto muito em dizer, mas quer saber, você é um pedaço de merda e vai queimar no inferno por seus malditos crimes". Outra mensagem mencionava os assentamentos israelenses e a Cisjordânia.
Rosen ainda teria recebido uma ligação de uma pessoa afirmando que a veria em breve. Em 18 de outubro, John Anthony foi até o tribunal de Las Vegas para 'vê-la', mas sua entrada foi barrada, segundo a denúncia. Após o episódio, ele passou a vagar pela Las Vegas Boulevard gritando que queria "matar até o último terrorista israelense".
A mensagem final teria sido enviada em 24 de outubro, desta vez por um número não identificado. Na ocasião, uma pessoa ligou e ameaçou a família da senadora. A denúncia aponta que o padrão de voz e fala correspondia entre todas as ameaças. Assim, a polícia conseguiu rastrear o número de celular das ligações e encontrou um registro em nome de Miller.
Ele também deixou seu nome em uma das mensagens, afirma a polícia, e eles conseguiram confirmar sua identidade com base em imagens de vigilância do lado de fora do tribunal federal em 18 de outubro.
As ameaças aparentemente surgiram depois que Rosen se juntou a uma delegação bipartidária de senadores para visitar Israel após o ataque de 7 de outubro.
Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura
Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix
Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha
Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu
Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos
Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro