A intensidade da tempestade solar, a maior em 20 anos, resultou na aparição de cores no céu da Europa, Estados Unidos e América do Sul
Maria Paula Azevedo Publicado em 11/05/2024, às 08h45 - Atualizado às 14h22
Na madrugada deste sábado, 11, uma tempestade solar severa, considerada a maior dos últimos 20 anos, provocou auroras boreais incomuns no Hemisfério Norte e raras auroras austrais no Hemisfério Sul.
Apesar da beleza, a agência de Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) alertou que o fenômeno pode influenciar o funcionamento de redes de energia e de sistemas de comunicação via satélite, conforme noticiou o G1.
Esta foi a primeira vez desde janeiro de 2005 que a NOAA alertou para tempestades geomagnéticas “severas”. O alerta, também chamado de G4, é o segundo nível mais alto de uma escala que chega ao G5, considerado “extremo”.
Na Argentina, a tempestade solar deu origem a uma raríssima aurora austral, avistada em Ushuaia, ao sul do país. Em seu perfil do X (ex-Twitter), o Serviço Meteorológico Nacional argentino explicou que não é comum ver o fenômeno acontecendo tão ao norte do Pólo Sul. O mesmo aconteceu no Chile, a região de Los Lagos e na Patagônia chilena.
Já na Europa, foram registrados avistamentos da aurora boreal em Budapeste, na Hungria; em Reix, na Suíça e em Londres, no Reino Unido. Outros relatos também foram registrados no norte de Portugal e no estado americano do Massachussets.
A tempestade solar atual é resultado de ejeções de massa coronal, ou erupções de plasma e campos magnéticos emitidos pela coroa solar, a camada mais externa do Sol. Uma das manifestações desse fenômeno são as auroras boreais no Hemisfério Norte. No Hemisfério Sul, esse mesmo fenômeno é denominado aurora austral.
A aurora boreal é um fenômeno óptico observado na Terra, caracterizado pelo surgimento de cores incomuns no horizonte. Esse espetáculo ocorre devido à chegada de partículas carregadas de luz e energia, impulsionadas em direção à Terra durante uma erupção solar. Ao interagirem com a atmosfera terrestre, essas partículas provocam a emissão de luzes nas cores verde e vermelha.
Contudo, tais eventos também podem induzir outros efeitos, como a ocorrência de auroras boreais — conhecidas como auroras polares ou austrais, dependendo do hemisfério — em regiões onde geralmente não são avistadas.
Segundo com Mathew Owens, professor de física espacial na Universidade de Reading, o fenômeno será percebido principalmente nas latitudes norte e sul do planeta. Mas a extensão exata desses efeitos dependerá da intensidade final da tempestade.
O norte do Canadá, a Escócia e lugares desse tipo terão boas auroras; acredito que podemos afirmar isso com segurança. Meu conselho é que saiam esta noite e olhem, porque se virem a aurora, é algo espetacular", aconselhou o especialista em entrevista à AFP.
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