Descobertas podem revelar mais sobre grande rota comercial da época; confira!
Éric Moreira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 18/01/2023, às 08h24
A chamada Rota da Seda consistia em uma série de rotas comerciais entre a Ásia meridional e central, sendo assim responsável por ter estabelecido negócios valiosos entre diferentes civilizações. Sabe-se que essas rotas se estendiam da China até Constantinopla (atual Turquia), mas, recentemente, uma equipe de pesquisadores encontrou indícios de que a rota possuía, ainda, uma ramificação em Israel.
A nova extensão de rota passa pelo vale Aravah, no deserto de Neguev, a meio caminho do Mar Morto, como informado pela Revista Galileu. As descobertas, por sua vez, consistem em algodão e tecidos de seda que datam de cerca de 1,3 mil anos atrás, no que seria o início do período islâmico.
Para o estudo, se envolveram especialistas das Universidades de Haifa e Ben-Gurion, em Israel, e da Universidade de Göttingen, na Alemanha. A descoberta, por sua vez, foi publicada na página oficial do Facebook da Autoridade de Antiguidades de Israel.
Atualmente, a equipe busca compreender mais alguns detalhes da vida e das relações comerciais de quem vivia ali na região, bem como as mercadorias exóticas dali. Para isso, estão examinando restos encontrados em Aravah, estes que datam do século 6.
Além dos simples tecidos de seda e algodão, também foram encontrados uma variedade de outros produtos, como roupas, couro e produtos de higiene, o que ainda possibilita entender mais sobre a vida dos antigos moradores locais.
Segundo os pesquisadores, os tecidos de algodão provavelmente vinham da Índia e da Núbia, enquanto os de seda reforçavam a presença chinesa na região. Além do mais, a Autoridade de Antiguidades de Israel explica que os tecidos apresentavam, ainda, influência iraniana.
As descobertas permitem um exame detalhado do movimento de mercadorias por longas distâncias, a difusão geográfica de pessoas e de ideias e as conexões entre os centros de produção e as rotas comerciais que antes não eram, ou eram apenas parcialmente, visíveis no histórico e arqueológico registro", finaliza a instituição.
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