Sobrevivente de naufrágio passa 67 dias à deriva na costa da Sibéria

Em um resgate dramático que comoveu o mundo, um homem russo foi encontrado com vida após passar 67 dias à deriva em um pequeno catamarã no gelado Mar de Okhotsk, na costa da Sibéria. Mikhail Pichugin, de 46 anos, foi localizado por um barco de pesca nesta terça-feira, 14, e, apesar de estar em estado grave, sobreviveu a uma das jornadas mais extremas já registradas.

A tragédia teve início em 9 de agosto, quando Pichugin, seu irmão e seu sobrinho de 15 anos partiram em uma viagem pelo mar. Após algum tempo, o contato com o grupo foi perdido e suas vidas se tornaram um mistério. As buscas foram intensas, mas a esperança de encontrá-los com vida parecia cada vez mais remota.

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No entanto, em um milagre, o catamarã foi avistado por um barco de pesca na região de Kamchatka. A bordo, apenas Mikhail lutava pela sobrevivência. Seu irmão e seu sobrinho não resistiram às condições extremas do mar e perderam a vida.

As imagens do resgate são comoventes. Um homem barbudo e esguio, com um colete salva-vidas laranja, flutua em uma pequena embarcação enquanto os socorristas se aproximam. A expressão de alívio em seu rosto é inconfundível.

A esposa do russo acredita que o peso do marido pode ter sido um fator determinante para sua sobrevivência. Com cerca de 100 kg, ele possuía reservas de energia que o ajudaram a resistir por tanto tempo. No entanto, a família havia levado provisões suficientes para apenas duas semanas, o que torna ainda mais impressionante a sua resistência.

Investigação

Segundo a CNN, as autoridades russas estão investigando as causas do acidente e as possíveis violações de segurança que levaram à morte de duas pessoas. A hipótese é que o catamarã não estava equipado adequadamente para enfrentar as condições adversas do Mar de Okhotsk, conhecido por suas águas geladas e tempestades violentas.

Pichugin será levado para um hospital em Magadan, onde receberá tratamento médico intensivo. Sua recuperação será longa e desafiadora, mas a esperança é que ele possa superar as sequelas físicas e psicológicas dessa provação.