Imagem ilustrativa de vestimenta de batina de padre - Foto de MART PRODUCTION no Pexels
Acordo antiaborto

Saída do Brasil de acordo antiaborto: CNBB lança nota de reprovação

Acordo antiaborto dificultava o acesso ao aborto legal por mulheres vítimas de violência sexual

Redação Publicado em 18/01/2023, às 20h00

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota nesta quarta-feira, 18, reprovando o que caracteriza como "iniciativas que sinalizem para a flexibilização do aborto" e a saída do Brasil do acordo antiaborto.

Como informado pelo UOL, a entidade cita, em seu texto, a saída do país da Convenção de Genebra, um acordo antiaborto encabeçado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro

Ela também critica a revogação da portaria que dificultava o acesso ao aborto legal pelo governo Lula. O anúncio da saída do Brasil da Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família foi anunciado pelo governo federal na última terça-feira, 17.  

"A hora pede sensatez e equilíbrio para a efetiva busca da paz. É preciso lembrar que qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado Democrático de Direito e configura ataques à dignidade e ao bem-estar social", diz a nota.

Decisão do governo

Segundo justificativa do governo Lula (PT), o acordo contém "entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família e pode comprometer a plena implementação da legislação nacional sobre a matéria, incluídos os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS)".

Os Estados Unidos também saíram do grupo após Joe Biden assumir o governo, em janeiro de 2021. Outros países de governos conservadores como Egito e Hungria fazem parte a Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família.

Foi revogada a portaria cuja CNBB faz referência, na última segunda-feira, 16, junto a outras medidas, que segundo o Ministério da Saúde, "contrariam os preceitos básicos do SUS".

Criada na gestão Bolsonaro, a regra criava uma série de etapas, documentos e declarações para que mulheres vítimas de violência sexual realizassem o aborto legal. No Brasil, o procedimento é permitido quando a gravidez resulta de violência sexual ou em casos de anencefalia fetal

Brasil Igreja Legalização aborto legal CNBB acordo antiaborto

Leia também

Com cenas inéditas, 'Calígula' volta aos cinemas brasileiros após censura


Jornalista busca evidências de alienígenas em documentário da Netflix


Estudo arqueológico revela câmara funerária na Alemanha


Gladiador 2: Balde de pipoca do filme simula o Coliseu


Túnica atribuída a Alexandre, o Grande divide estudiosos


Quebra-cabeça: Museu Nacional inicia campanha para reconstruir dinossauro