Anúncio da tequila 'Santo Spirit' - Reprodução/Instagram
Estados Unidos

Saiba como mais de 24 mil garrafas de tequila foram roubadas nos EUA

Bebidas eram da marca de Sammy Hagar, ex-vocalista da banda de rock Van Halen; caminhões responsáveis pelo transporte tiveram rotas alteradas

Redação Publicado em 21/11/2024, às 19h30

No início de novembro, pelo menos 24 mil garrafas de tequila da Santo Spirit, marca fundada pelo chef celebridade Guy Fieri e pelo ex-vocalista do Van Halen, Sammy Hagar, foram roubadas em um golpe bem elaborado. O incidente ocorreu depois que dois caminhões carregados com a bebida cruzaram a fronteira do México para Laredo, no Texas.

De acordo com Joe Baeza, investigador do Departamento de Polícia de Laredo, os caminhões chegaram a um armazém na cidade e, em seguida, os motoristas, contratados legitimamente, partiram para levar a carga ao destino original: outro armazém na Pensilvânia.

Durante o trajeto, no entanto, eles receberam ordens supostamente de seus superiores, instruindo-os a redirecionar a carga para um depósito em Los Angeles, alegando problemas logísticos no destino planejado.

Desvio

Os motoristas entregaram a tequila em um local aparentemente legítimo em Los Angeles, e desde então, a carga desapareceu. "Essa foi a última vez que alguém soube ou viu onde a tequila estava", explicou Baeza ao NY Times. Ele acredita que se trata de um roubo premeditado, não um caso de carga perdida.

O CEO da 'Santo Spirits', Dan Butkus, revelou que a carga incluía 24.240 garrafas, entre elas 240 unidades do exclusivo Extra Añejo Single Barrel, envelhecido por mais de 36 meses e vendido por US$ 119 (cerca de R$ 693) cada. Segundo a empresa, o prejuízo total da tequila roubada é estimado em US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5,8 milhões).

Butkus destacou que o Extra Añejo fazia parte do primeiro lote dessa linha produzida pela marca, fundada em 2017. Guy Fieri, em entrevista à People, demonstrou surpresa com o roubo envolvendo dois caminhões. "Um caminhão já seria algo significativo, mas dois? Isso exige o dobro de pessoas e aumenta o risco. É impressionante", comentou.

Por e-mail, Sammy Hagar classificou o roubo como um "gigantesco revés para uma empresa independente em um mercado competitivo". Apesar disso, reforçou que não se deixarão abalar: "Nossa destilaria está trabalhando dia e noite para repor o estoque o mais rápido possível."

Segundo a CargoNet, organização especializada na prevenção de roubos de carga, esse tipo de crime deve crescer mais de 25% em 2024 em comparação com o ano anterior, que já registrava recordes nos Estados Unidos. Embora os roubos de bebidas alcoólicas tenham diminuído, os destilados se tornaram o principal alvo em 2024.

Butkus explicou que a tequila foi vítima de um esquema de "corretagem dupla", no qual um corretor de transporte repassa a carga para outra transportadora sem conhecimento do cliente. Além disso, ele relatou o uso de um emulador de GPS por um dos caminhões para mascarar sua localização.

Conforme relatado pelo NY Times, o CEO suspeita que a tequila será vendida no mercado clandestino, abastecendo bares, restaurantes ou até consumidores finais. "É um golpe duro na nossa operação e um soco no estômago, mas não vamos deixar isso nos derrubar. Sairemos mais fortes dessa situação, mesmo sendo extremamente frustrante", concluiu.

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