Ameaças de ataque nuclear da Rússia devem ser levadas a sério, de acordo com chanceler alemã
Redação Publicado em 04/10/2022, às 11h21
Com o desenrolar do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, e a derrota russa em algumas regiões ucranianas, o contingente do país de Putin foi acionado e convocado para auxiliar na guerra. Com isso, muitas famílias russas começaram a deixar o país, visto que os membros que eram parte do contingente não queriam se envolver na disputa.
No entanto, mesmo com a fuga de muitas pessoas, a Rússia conseguiu mobilizar 200 mil dos 300 mil reservistas, e também passou a divulgar que eles estão sendo treinados, atualmente, para lutar em ambiente que ocorra guerra nuclear, química ou biológica.
A alegação preocupa, visto que, com a perda de algumas áreas dominadas no território ucraniano, Putin começou a sugerir o uso de armas nucleares táticas, de menor potência.
Além disso, ao decretar oficialmente a anexação de quatro áreas da Ucrânia — Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk e Lugansk —, o líder russo alegou que elas seriam defendidas com "todos os meios possíveis". As afirmações de Putin agora preocupam diversos países, em especial os mais próximos ao conflito, devido a um grande e real temor pelo uso de armas nucleares.
Não é a primeira vez que ele recorre a tais ameaças, que são irresponsáveis e nós devemos levá-las a sério", afirma a chanceler alemã Annalena Baerbock, como informado pela Folha de S. Paulo.
Nesta terça-feira, 4, o Pentágono fez vazar a indicação de que ainda não há nada que indique que Putin esteja, de fato, mobilizando suas forças nucleares. Isso pôde ser apontado pela organização graças ao monitoramento de movimentos em bases russas, por satélites e informações de espiões.
No entanto, o medo de um combate nuclear ainda é real, visto que armas táticas são especialmente pequenas e fáceis de se transportar. No momento, há especulações de uma detonação de intimidação sobre o Mar Negro — talvez até atingindo a Ilha da Cobra —, o que poderia acarretar em grandes consequências, visto a proximidade da região com a Romênia, de forma que seria inevitável a chegada de radiação no país membro da OTAN.
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