Pertencente a Toyotomi Hideyoshi, o Senhor das Guerras, os pesquisadores entraram em contradição sobre o intuito da antiga construção do século 16
Nicoli Raveli Publicado em 13/05/2020, às 16h00 - Atualizado às 18h00
As ruínas do castelo Toyotomi Hideyoshi – que recebeu o nome de seu criador, o senhor da guerra – vem chamando a atenção de um grupo de pesquisadores. O local foi descoberto pelo Instituto de Pesquisa Arqueológica da cidade de Kyoto, no Japão, no início de 2020.
Ao se deparar com a área, a organização alegou que a estrutura tratava-se de restos de uma muralha de um castelo. Além disso, eles também encontraram uma escavação profunda em parte dos 32 hectares do Palácio Imperial de Kyoto.
Todavia, ainda faltava descobrir qual era o tipo de material e técnicas que foram utilizadas na construção. Para isso, Hitoshi Nakai, especialista em história da construção de castelos na Universidade de Shiga, foi até Kyoto para recolher informações.
Lá, ele e sua equipe chegaram a conclusão de que a muralha tinha pouco mais de um metro e meio e era composta por até quatro camadas de pedra. Antes do desmoronamento, acredita-se que a estrutura chegava a dois metros e meio de altura.
Ainda segundo os especialistas, essa prática de construção é datada do período Azuchi-Momoyama (1568-1600). De acordo com Nakai, muitos estudiosos acreditavam que o local era somente uma residência cercada por um muro, mas afirmou que a descoberta é bem mais misteriosa do que isso.
"Esta é a maior descoberta deste século relacionada à escavação de um castelo japonês", disse o profissional que presume que existe uma construção magnífica naquela área. A escavação que foi encontrada ao lado do muro, porém, foi danificada pelas pedras e telhas do castelo que desmoronaram. Originalmente, supõe-se que a fossa tinha dois metros e meio de profundidade e três metros de largura.
Acredita-se que o local seja datado do século 16 e foi inaugurado um ano antes da morte do antigo nobre japonês. Portanto, o castelo foi construído para sua família e para que seu filho, Hideyori, se tornasse conselheiro-chefe do imperador.
Outros arqueólogos, entretanto, discordam dessa afirmação. Soichiro Kitagaki, especialista no estudo de castelos, considera que a parede de pedras era somente um atrativo para os olhos dos nobres da corte, já que viviam a poucos quilômetros do castelo Toyotomi Hideyoshi.
Já Kazuto Hongo, que trabalha no Instituto Historiográfico da Universidade de Tóquio como professor de história medieval japonesa, alega que a construção passava uma mensagem de autoridade.
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