Rita Lee para a Rolling Stone Brasil - Guilherme Samora
Rita Lee

Em última capa, Rita Lee foi direta sobre o título de 'rainha do rock': 'Um tanto cafona'

Capa de edição especial da Rolling Stone Brasil Rita Lee falou sobre nova geração e relembrou a carreira

Redação Publicado em 17/11/2022, às 12h08 - Atualizado em 09/05/2023, às 11h21

Após 50 anos de uma carreira icônica, Rita Lee é, sem dúvidas, um dos maiores nomes da música brasileira. Aos 74 anos, a artista teve o óbito anunciado nesta terça-feira, 9.

"Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou". O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira (10), das 10h às 17h", explicou o comunicado. 

A artista foi capa da edição especial da Rolling Stone Brasil em novembro do ano passado, através de um ensaio exclusivo e realizado por Guilherme Samora, escritor e diretor da mostra que celebrou os 50 anos da carreira ilustre de Rita.

 

Durante a entrevista, Rita Lee não só relembrou a carreira, mas também falou sobre a nova geração da música. 

"Essa meninada é danada, são bandleaders, sabem o que querem, me mandam recados, vídeos de suas apresentações. E vejo que, todas, cada uma à sua maneira, além de bonitas e gostosas, são afiadas e afinadas", disse Rita Lee ao ser questionada sobre a nova geração, que se diz inspirada pela artista.

Rainha do rock?

Rita Lee também foi questionada se imaginaria que um dia seria cultuada por jovens como uma 'santa padroeira da liberdade'. Isso porque durante a exposição ocorrida no MIS, jovens ficaram surpresos com os fatos a respeito da censura e prisão da artista no ano de 1976.

"Gosto mais de ser chamada de ‘padroeira da liberdade’ do que ‘rainha do rock’, que acho um tanto cafona… A expo foi linda, obra de três filhos queridos. Guilherme Samora, meu editor e jornalista, foi o diretor artístico; Chico Spinosa meu carnavalesco favorito, foi o cenógrafo e Juca, meu filho do meio, foi o curador. Levantaram meu baú de roupas de show, instrumentos e curiosidades minhas. Havia um espaço para quem quisesse escrever um bilhetinho para mim e até hoje estou lendo, de tantas cartinhas que recebi. Fico impressionada com as crianças, que me tratam como vovó Rita: conhecem músicas minhas, me desenham, mandam cartinhas de amor… e eu fico toda babando", afirmou Rita.

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