Em telefonema, líder do culto admitiu crimes que cometeu antes de formar a Família Manson: 'Há uma parte inteira da minha vida que ninguém conhece'
Fabio Previdelli Publicado em 15/11/2024, às 09h00
Uma série de áudios inéditos, que farão parte de uma nova série documental, Charles Manson, o líder do culto por trás de uma série de assassinatos no final da década de 1960 na Califórnia, admitiu estar envolvido em assassinatos que ocorreram antes dele juntar a notória Família Manson.
+ O sombrio e perturbador legado musical deixado por Charles Manson
Uma gravação em áudio, que foi mostrada em um teaser da nova produção do Peacock, 'Making Manson', Manson aparece dizendo: "Há uma parte inteira da minha vida que ninguém conhece".
Eu morei no México por um tempo. Fui para Acapulco, roubei alguns carros. Eu simplesmente me envolvi em coisas que não dava para entender, cara. Me envolvi em alguns assassinatos. Deixei meu .357 Magnum na Cidade do México e deixei algumas pessoas mortas na praia", disse o líder do culto em chamada de telefone feita da prisão.
Conforme repercutido pelo The Guardian, a nova série documental da Peacock será dividida em três partes, onde investigará 20 anos de conversas nunca antes exibidas. Nelas, Charles fala sobre seus crimes, sua criação e a Família Manson — culto que ele liderou no do final dos anos 1960 ao início dos anos 1970.
Importante ressaltar que Charles Manson não cometeu nenhum dos assassinatos, mas foi responsável por persuadir seus seguidores a fazê-los. O grupo assassinou pelo menos sete pessoas no final dos anos 1960; incluindo a atriz Sharon Tate, esposa grávida do diretor de cinema Roman Polanski.
Manson e seus seguidores foram presos em 1969. No ano seguinte, Charles, durante seu julgamento, se apresentou como uma força demoníaca, aparecendo com uma suástica nazista em sua testa.
Em 2012, durante uma audiência de liberdade condicional, que foi negada, ele foi citado por conta de uma conversa com um psicólogo da prisão, quando teria dito: "Eu sou especial. Não sou como o detento médio. Passei minha vida na prisão. Coloquei cinco pessoas na sepultura. Sou um homem muito perigoso".
O criminoso acabou morrendo de causas naturais em novembro de 2017, aos 83 anos, quando havia cumprido mais de quatro décadas de detenção na prisão em Corcoran, Califórnia, por homicídio de primeiro grau e conspiração para cometer assassinato.
Segundo o Los Angeles Times, Manson cometeu centenas de violações de regras enquanto estava na prisão estadual: incluindo agressão, posse repetida de arma e ameaças aos funcionários. Autoridades disseram que ele cuspiu no rosto dos guardas, começou brigas, tentou causar uma inundação e incendiou seu colchão.
A nova série da Peacock está programada para estrear na próxima terça-feira, 19. De acordo com a sinopse: "Ex-membros da 'Família' ouvem as conversas exclusivas e são transportados de volta ao tempo em que 'fariam qualquer coisa por Charlie'."
"Manson relata os primeiros crimes que levaram à onda de assassinatos no verão de 69, apresentando uma explicação de lealdade e fraternidade que vai contra o motivo aceito: seu desejo de incitar Helter Skelter", finaliza a descrição, referindo-se a uma visão apocalíptica adotada por Manson e seus membros do culto.
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