O caso está sendo investigado pela Força Aérea dos Estados Unidos
Penélope Coelho Publicado em 18/08/2021, às 07h33
De acordo com informações da agência de notícias AFP, publicadas pelo G1, na última terça-feira, 17, a Força Aérea norte-americana decidiu abrir uma investigação para averiguar “restos humanos” que foram encontrados no trem de pouso de um avião militar.
A aeronave em questão saiu do aeroporto de Cabul, no Afeganistão e pousou em Al Udeid, no Catar. O avião foi perseguido pela população afegã na desesperada tentativa de fugir do país, com a atual crise envolvendo o grupo terrorista Talibã.
Recentemente, vídeos mostraram cidadãos afegãos tentando se agarrar nas asas de aviões. Em uma dessas filmagens é possível observar pessoas caindo das aeronaves que já estavam em funcionamento.
A Força Aérea dos EUA informou que também irá investigar esses vídeos e reportagens que saíram na imprensa. Até o momento, os militares não divulgaram o número de vítimas que perderam a vida no momento da decolagem.
O caos ocorrido no Afeganistão tem como consequência a retirada das tropas norte-americanas do país, através de um 'acordo de paz' iniciado por Donald Trump em 2020. Após o ato concretizado por Joe Biden, atual presidente dos EUA, o Talibã começou a avançar no país.
O ato que representou de fato a tomada de poder se deu no último domingo, 15, quando os representantes do grupo extremista tomaram o palácio presidencial, localizado em Cabul. Isso ocorreu após o presidente do país, Ashraf Ghani, deixou o país em decorrência dos últimos acontecimentos.
Joe Biden informou que não se arrepende de ter retirado as tropas do local. "Eu mantenho com firmeza minha posição", disse o presidente durante pronunciamento exibido pela Casa Branca na última segunda-feira, 16. "Os EUA não podem participar e morrer em uma guerra em que nem o próprio Afeganistão está disposto a lutar", explica Biden.
Durante 1996 e 2001, o Talibã governou o Afeganistão, antes de ser derrubado por uma campanha liderada pelos EUA após os ataques no 11 de setembro.
Durante este período, jovens foram proibidas de frequentar as escolas e as mulheres proibidas de andar em público sozinhas, apenas acompanhadas de homens e cobrindo o corpo inteiro. Além disso, não podiam trabalhar, estudar ou serem tratadas por médicos do sexo oposto. Aquelas que se recusavam a seguir as ordens eram castigadas e executadas.
No domingo, a ativista paquistanesa e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, também compartilhou suas preocupações no Twitter.
"Nós assistimos em completo choque o Talibã assumindo o controle do Afeganistão. Estou profundamente preocupada com as mulheres, as minorias e os defensores dos direitos humanos. Os poderes globais, regionais e locais devem pedir um cessar-fogo imediato, fornecer ajuda humanitária urgente e proteger refugiados e civis", disse a jovem ativista.
Em 2012, Malala se tornou um símbolo em defesa dos direitos humanos depois que sobreviveu a um tiro na cabeça disparado por um atirador do Talibã no Paquistão.
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