Porcelanas, histórias de indígenas e anotações de comerciantes são alguns dos achados
Alan de Oliveira | @baco.deoli sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 27/06/2022, às 09h17
Arqueólogos norte-americanos confirmaram as suspeitas de um pescador chamado Craig Andes. Enquanto explorava uma caverna na costa de Oregon, nos Estados Unidos, ele se deparou com pedaços de madeira de um navio que naufragou no século 17. As informações foram confirmadas pela Sociedade Arqueológica Marítima (sigla em inglês MAS) no dia 18 de junho.
O jornal britânico Daily Mail enfatiza que Carig fez a descoberta ainda em 2020. A partir da comunicação com a entidade, foram iniciados os estudos sobre os destroços em colaboração com o Departamento de Parques e Recreação de Oregon, o Museu Columbia River Maritime e agências locais.
Por meio da datação de radiocarbono na madeira do barco, foi possível concluir a origem do navio espanhol, visto pela última vez ao deixar as Filipinas em direção ao México, no ano de 1693.
O navio transportava toneladas de cera de abelha, em grandes blocos e velas, e muitos dos blocos têm marcas espanholas. Acreditamos que a cera servia para fabricar as velas para cerimônias católicas, enviadas da Ásia para as colônias espanholas no México nos séculos passados” descreve o MAS nos estudos publicados.
A embarcação também levava uma grande carga e porcelana chinesa destinada aos mercados do "Novo Mundo". As peças foram datadas entre os anos 1680 a 1700.
Além desses objetos, histórias orais dos indígenas Nehalem e diários dos primeiros comerciantes da área, dão a entender que veículo marítimo naufragou antes da colonização europeia e da maior parte dessa exploração no noroeste do Pacífico. Outros fragmentos de porcelana, dessa vez, vindos da China, foram descobertos nas redondezas, nos sítios arqueológicos.
Para os especialistas do site Ancient Origins, não se sabe o que exatamente aconteceu com a embarcação, porém, acredita-se que o navio se perdeu e acabou a centenas de quilômetros ao norte de seu destino planejado. O barco se chocou com uma ilha de dunas de areia conhecida como Nehalem Spit, a 6 km ao sul de Manzanita.
Você pode conferir o estudo completo neste link.
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