Restos de guerreiro ávaro com rara armadura lamelar completa são descobertos

Arqueólogos do Museu Déri, na Hungria, anunciaram ter descoberto o antigo túmulo de um guerreiro ávaro. Além dos restos mortais, havia também um raro conjunto de uma armadura lamelar, no recinto. Este, no caso, é apenas o segundo exemplar completo de uma armadura do tipo encontrada no país. 

+ 'Quebra-cabeça antigo': Armadura romana de 1.800 anos é parcialmente remontada

Como divulgado pelo Museu Déri em comunicado, a descoberta ocorreu próxima à aldeia de Ebes, no condado de Hajdú-Bihar, na Hungria. Já o enterro seria datado do início do século 7 d.C, contendo restos mortais de um ávaro da Panônia.

Entretanto, o que mais chama atenção na descoberta é o conjunto completo da armadura lamelar. Esse equipamento é feito com pequenas placas retangulares — chamadas de lamelas —, que são perfuradas e entrelaçadas para formar fileiras ou faixas horizontais sobrepostas. Segundo o Heritage Daily, este é apenas o segundo achado do tipo já ocorrido na Hungria.

+ Entenda como eram as antigas armaduras samurais;

É descrito pelos arqueólogos que a armadura foi encontrada no depósito funerário colocada acima do guerreiro falecido. Junto a ela, no túmulo, também havia uma aljava de madeira, algumas flechas, um arco e uma espada.

Também encontraram os restos mortais de um cavalo no local, é parte de uma antiga tradição ávara, que frequentemente colocavam cavalos como sacrifícios, pois os consideravam possuidores de poderes sobrenaturais.

Além disso, o Museu Déri pontua que a armadura é um achado bastante relevante, pois as oferendas indicavam que aquele guerreiro detinha de um status consideravelmente elevado.

Ávaros da Panônia

Segundo o All That's Interesting, os ávaros da Panônia foram um grupo de nômades da Eurásia, conhecidos por estabelecer o território chamado Avar Khaganate, através de invasões ferozes, nos territórios que hoje compreendem Áustria, Hungria, Romênia, Sérvia, Bulgária e partes da Turquia.

Eles conquistaram grande destaque especialmente a partir de suas invasões e campanhas destrutivas nas guerras ávaro-bizantinas, ocorridas entre 568 e 626 d.C. Eles também desempenharam um papel bastante significativo de influência em migrações eslavas para o sudeste da Europa.