Em uma pequena vila, esqueletos do período romano foram escavados e investigados
Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 08/12/2021, às 17h19
Em 2017, a organização Albion Archaeology iniciou escavações num sítio localizado na vila de Fenstanton, uma comunidade pequena no leste inglês e no condado de Cambridge. O processo foi motivado diante do fato de que o local abrigará um conjunto habitacional da região; assim, a organização foi chamada para investigar recursos arqueológicos no sítio.
Em sua investigação, foram encontrados cinco pequenos cemitérios, que contam com restos mortais de 40 adultos e 5 crianças, datados do século III ou IV d.C.. Junto aos esqueletos, diversos outros itens foram escavados, mas, a maior descoberta deste momento foi a primeira prova de uma crucificação romana na Inglaterra.
Um dos corpos encontrados tinha um prego, dos utilizados neste processo de execução, no osso de seu tornozelo — comprovando a utilização da crucificação durante o domínio de Roma sobre a Inglaterra.
Uma especialista em ossos da Universidade Cambridge, Corrine Duhig, afirma que esta preservação da ferramenta é um achado incrível.
“A combinação sortuda entre a boa preservação e o fato do prego ainda estar no osso permitiu que eu examinasse este exemplo quase único quando tantos mil já foram perdidos. Isto mostra que mesmo os habitantes deste assentamento na borda do império não podiam fugir da punição mais barbárica de Roma”, apontou.
De acordo com a cobertura do portal de notícias britânico BBC, o esqueleto também mostrava outros machucados, com sinais de infecção e inchaço, provavelmente causados por ter ficado retido e acorrentado.
A representante do time do ambiente histórico do Conselho do Condado de Cambridge, Kasia Gdaniec, celebrou que os novos sítios de escavação em Fenstanton são sinais de novas descobertas arqueológicas na Inglaterra.
Estes cemitérios e os assentamentos que se desenvolveram ao longo da estrada romana em Fenstanton são inovações na pesquisa arqueológica. Práticas funerárias são muitas e variadas no período romano e evidências de mutilação pré ou pós-morte são ocasionalmente vistas, mas nunca crucificação", falou à BBC.
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