Ao que tudo indica, o espaço foi utilizado como grande salão aberto com uma lareira igual as que existiam em casas medievais
Fabio Previdelli Publicado em 19/08/2019, às 16h00
Um empresário londrino teve uma grande surpresa ao comprar uma antiga farmácia no condado de Kent, Inglaterra. O estabelecimento, que foi adquirido no início do ano, daria lugar a um restaurante tailandês, mas durante o processo de restauração interna do local foram descobertas estruturas datadas do século 14.
Quando a empresa Dolmen Conservation, encarregada pela reforma do restaurante, começou a retirar os revestimentos das paredes, logo notaram que a loja carregava mais mistérios que aparentava. Foram encontradas janelas no interior do prédio, portas ocultas e vigas de madeira deslocadas sem nenhuma função aparente.
Na última sexta-feira, a construção foi visitada por Debbie Goacher, presidente do comitê de construções históricas da Sociedade Arqueológicas de Kent e por David Brooks, membro do comitê.
Lá, os dois buscaram entender qual era o mistério envolto da obra: “na parte central do edifício havia fuligem acumulada nas paredes, até nas vigas e em suas partes interiores. Ao que tudo indica, o espaço foi usado como grande salão aberto com uma lareira igual as que existiam nos halls das casas medievais”, comenta David.
Outro ponto notado pela equipe foi a falta de uma travessa de sustentação ligando o topo da edificação. Ao invés disso, um pedaço de madeira era colocado cruzando o meio das estruturas, para impedir que a estrutura entortasse ou inclinasse, “este tipo de estrutura foi tipicamente usada no século 14”, explica Debbie.
As madeiras das vigas possuíam marcas de numeração romanas, revelando o passo-a-passo usado na construção. Como cada parte da estrutura era feita individualmente de forma não padronizada e depois desmontada, era essencial saber qual a ordem exata das peças. Os pesquisadores também encontraram uma mistura de lama e palha utilizada para o preenchimento de paredes. A técnica foi amplamente adotada durante esse período.
Depois do período de auditoria no local, os profissionais irão procurar registros históricos do período medieval – quando toda a cidade pertenceu ao Arcebispo da Cantuária – para entenderem a história por trás da construção.
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