Pesquisadores acreditam que ela tinha uma “importante ligação simbólica” com os ritos praticados na região, sendo enterrada com objetos valiosos
Isabela Barreiros Publicado em 28/12/2020, às 14h06
Um projeto realizado pelo Museu Mineral Andrés Del Castillo, em Lima, no Peru, deu rosto a uma mulher que foi enterrada há pelo menos 3.700 anos. Uma reconstrução facial foi realizada a partir de um esqueleto encontrado no país latino-americano.
Conhecida como “Senhora de El Paraíso”, ela provavelmente foi uma mulher que fazia parte da alta sociedade da época em que viveu. Os pesquisadores atestam isso com base na localização de sua tumba, que foi encontrada próximo do templo principal de El Paraíso, e objetos valiosos que foram descobertos dentro do túmulo.
“A relevância dessa descoberta é que estamos falando de uma mulher que possivelmente tinha uma importante ligação simbólica com os ritos que eram praticados dentro dos prédios de El Paraíso”, afirmou a arqueóloga Dayanna Carbonel, envolvida na pesquisa.
“Ela se parece muito com uma mulher de hoje”, disse a especialista. “A intenção não era exagerar nas características porque queríamos obter a melhor semelhança. Existe uma certa margem de erro porque nunca saberemos com exatidão a espessura das voltas, o comprimento do nariz ou o formato das orelhas, mas chegamos perto.”
A mulher morreu entre os 20 e 25 anos de idade e tinha 1,5 metros de altura. No entanto, outros fatos sobre ela ainda não foram identificados. “Não fomos capazes de determinar a causa de sua morte. Continua a ser um mistério, mas os restos mortais puderam nos contar um pouco da vida dela”, concluiu.
Sobre arqueologia
Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história.
Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.
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