Dando espaço ao Doodle do dia, o Patrono da educação de cegos no Brasil faleceu em 1854
Wallacy Ferrari Publicado em 08/04/2023, às 09h38 - Atualizado às 11h42
Neste sábado, 8, os brasileiros que ligaram o computador e acessaram o principal buscador da rede mundial de computadores deram de cara com uma homenagem pouco usual; o Google, através de seu Doodle do dia, estilizou o emblema da empresa com referências a José Alvares de Azevedo, o Patrono da educação de cegos no Brasil.
O motivo da homenagem se dá pelo aniversário do educador, cujo aniversário completa 189 anos nesta data, mesmo que ele tenha falecido antes mesmo dos 20 anos de idade, vítima de uma tuberculose em 1854, quando tinha apenas 19. Apesar da pouca idade, ele pôde usar seus ensinamentos sobre ensino de cegos que aprendeu durante a juventude, aplicando métodos europeus, como o Sistema Braille, em terras tupiniquins.
De acordo com o Instituto Benjamin Constant, por ele fundado no ano em que faleceu sob o nome de Imperial Instituto de Meninos Cegos, José veio de uma família favorecida financeiramente, de maneira a poder estudar em Paris, na França, após uma sugestão de que, por lá, poderia encontrar métodos de ensino, visto que o garoto nasceu cego.
Ao retornar ao Brasil, com 16 anos, escreveu os primeiros artigos em português brasileiro com os ensinamentos do Braille e outras técnicas para auxiliar os outros sentidos a aguçar aquilo que os olhos não poderiam ver, realizando incessantes palestras e aulas.
Tal projeção fez com que uma de suas alunas fosse Adélia Sigaud, filha cega de um médico da Corte Imperial, que o apresentou diretamente para Dom Pedro II. O imperador chegou a ver suas habilidades de leitura e escrita e, impressionado, discutiu com o rapaz as primeiras ideias de uma escola adaptada no Brasil — fato que só foi se concretizar seis meses antes do óbito de José.
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