Imagem ilustrativa de campo de futebol - Foto de Michal Jarmoluk no Pixabay
Qatar

Qatar não indenizará trabalhadores feridos ou mortos nos projetos da Copa

Qatar negou os pedidos de indenização encaminhado por ONGs

Redação Publicado em 04/11/2022, às 15h54

O ministro do Trabalho do Qatar negou os pedidos de indenização encaminhados por ONGs, em relação aos casos de trabalhadores feridos ou mortos durante os projetos do país para realizar a Copa do Mundo.

Ali bin Samij Al-Marri, ministro do Trabalho, cedeu uma entrevista à AFP comentando sobre o caso: "este pedido (...) de uma campanha de indenização é uma estratégia de comunicação". O ministro lamentou sobre o ocorrido, mas alega que "não há critérios para criar esses fundos".

Conforme repercutido pelo G1, Al-Marri ainda pergunta como conseguiram esses dados sobre os trabalhadores que atuaram para os preparativos da competição mais importante entre seleções.

"Onde estão as vítimas? Eles têm os nomes das vítimas? Como conseguiram esses números?", questionou.

Mesmo com Al-Marri rejeitando publicamente a criação de um fundo de indenização para os trabalhadores, a Fifa afirmou que existe um "diálogo contínuo" sobre o caso.

ONGs

Diversas ONGs, entre elas, a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, criticam as péssimas condições de trabalho que os funcionários vêm passando há anos, para realização da Copa.

Ainda segundo a fonte, diversos países estão realizando protestos ou boicotes em virtude do país escolhido como anfitrião para Copa, além de ter um histórico de desrespeito em relação aos direitos humanos, também colou a vida de milhares de trabalhadores em risco.

Após o ministro do Trabalho declarar que o país não pretende indenizar as vítimas das construções para Copa, a Anistia Internacional divulgou um comunicado falando sobre o caso

A Fifa deveria reservar um mínimo de € 420 milhões para indenizar as centenas de milhares de trabalhadores migrantes que sofreram abusos de direitos humanos no Catar durante os preparativos para a Copa do Mundo de 2022", escreveu a ONG

No dia 27 de outubro, a seleção da Austrália divulgou um vídeo com 16 jogadores criticando os abusos de direitos humanos no Qatar durante o planejamento para competição.

“Nos últimos dois anos, nos dedicamos a entender e conhecer melhor a situação no Catar”, falam os jogadores. Os atletas deixam claro que "não somos especialistas, mas ouvimos organizações como Anistia Internacional, Fifa" e, "mais importante, trabalhadores estrangeiros no Catar”.

A message from the Socceroos. pic.twitter.com/Sd2R6ej8kK

— Subway Socceroos (@Socceroos) October 26, 2022
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