Moscou deseja utilizar o yuan chinês em acordos com países da Ásia, África e América Latina
Redação Publicado em 21/03/2023, às 18h21
Nesta última terça-feira, 21, se encerra a visita de dois dias do presidente chinês, Xi Jinping, à Rússia. Entre os 14 acordos de cooperação assinados, está o desejo de Moscou de usar o yuan chinês no lugar do dólar em parte significativa de seu comércio internacional. Esse desejo, como repercutido pelo O Globo, é uma resposta ao bloqueio econômico imposto à Rússia pelos Estados Unidos e seus aliados após a invasão da Ucrânia.
Entre as parcerias também está, um acordo sobre a produção conjunta de programas de TV, intercâmbios entre órgãos de mídia estatais e empresas estatais de energia atômica, além de uma maior colaboração em “pesquisa científica fundamental”.
Somos a favor do uso do yuan chinês em acordos entre a Federação Russa e os países da Ásia, África e América Latina” disse Putin, ao líder chinês.
O chefe do Kremlin já havia determinado, em março do ano passado, que as compras de petróleo e gás russos por países considerados hostis, deveriam ser feitas em rublos. Foi decidido na cúpula da Organização para a Cooperação de Xangai (OCX) que os países-membros iniciariam o preparo de condições para realizar o comércio regional em outras moedas que não o dólar.
A construção do gasoduto Força da Sibéria 2, que permitiria a exportação de gás russo para a China, também foi discutida pelos líderes. Putin especificou que, quando entrar em serviço, o gasoduto poderá encaminhar "50 bilhões de metros cúbicos de gás" para o gigante asiático.
No encontro, Putin também voltou a defender a proposta de paz de Pequim de 12 pontos. O presidente russo disse que "o plano pode ser usado como base para um acordo sobre a Ucrânia quando o Ocidente e Kiev estiverem prontos para isso".
Nesta última terça-feira, 21, em declaração comum assinada, após o encontro, Rússia e China também disseram que lhes “preocupa” a crescente presença da Otan na Ásia. Putin e Xi acusaram a aliança de "minar a paz e a estabilidade regional".
Além disso, eles também destacaram sua preocupação com a Aukus — parceria de segurança entre EUA, Austrália e Reino Unido para dotar a Austrália de submarinos de propulsão nuclear —, isso devido às eventuais "consequências e riscos para a estabilidade estratégica na região da Ásia-Pacífico".
Moscou e Pequim declararam que "pedem firmemente aos membros dessa associação a cumprir estritamente seus compromissos sobre a não proliferação e a apoiar a paz regional”.
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