Pessoas foram presas por se manifestarem contra a monarquia após a morte de Elizabeth II
Redação Publicado em 13/09/2022, às 13h15
Defensores da liberdade de expressão estão preocupados com as recentes prisões de manifestantes antimonarquia que ocorreram no Reino Unido após a morte da rainha Elizabeth II.
Ao menos duas pessoas foram presas pela polícia da Escócia, enquanto uma terceira foi detida em Oxford, na Inglaterra, conforme informou o portal BBC News. As prisões ocorreram durante eventos que marcaram a morte da rainha e a proclamação de Charles como o novo rei.
No domingo, 11, uma jovem de 22 anos de idade foi detida em Edimburgo, acusada de perturbação da ordem pública durante uma proclamação de ascensão do rei Charles III do lado de fora da Catedral de St Giles. Ela foi liberada em seguida, mas deverá comparecer à justiça posteriormente.
Symon Hill, de 45 anos, foi detido no mesmo dia, por suspeita de ofensa à ordem pública, depois de gritar "quem o elegeu?" em meio a outra proclamação de ascensão, dessa vez realizada em Oxford. Ele também foi liberado mais tarde.
Na segunda-feira, 12, foi a vez de um homem de 22 anos, que teria supostamente incomodado o príncipe Andrew durante a procissão real ocorrida na avenida Royal Mile, em Edimburgo.
Para a executiva-chefe do Index on Censorship, Ruth Smeeth, as recentes prisões ocorridas no Reino Unido são "profundamente preocupantes".
Devemos nos proteger contra este evento ser usado, por acaso ou de propósito, para corroer de alguma forma a liberdade de expressão que os cidadãos deste país desfrutam", disse ela, conforme repercutido pelo UOL.
Já Silkie Carlo, diretora da Big Brother Watch, declarou que os policiais tinham o "dever de proteger o direito das pessoas de protestar tanto quanto têm o dever de viabilizar o direito das pessoas de expressar solidariedade, tristeza ou prestar suas homenagens”.
O público tem totalmente o direito de protestar, e temos deixado isso claro para todos os policiais envolvidos na operação extraordinária de policiamento atualmente em andamento", disse em nota o vice-comissário da Metropolitan Police, Stuart Cundy.
Já o porta-voz da primeira-ministra britânica, Liz Truss, não quis comentar sobre as prisões especificamente, dizendo apenas que “obviamente, este é um período de luto nacional para a maioria, a vasta maioria do país".
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