Alexander De Croo - Getty Images
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Primeiro-ministro da Bélgica sofre tentativa de assassinato com estricnina

Em novembro, assessor de Alexander De Croo foi hospitalizado após abrir carta com pó branco endereçada ao primeiro-ministro; entenda!

Éric Moreira Publicado em 09/01/2025, às 16h30

No fim de novembro, uma notícia que chamou bastante atenção nos portais de notícias europeus foi de que o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, havia sofrido uma tentativa de assassinato. Na época, uma carta contendo um pó branco endereçada a Croo chegou a seu gabinete, mas foi aberta por um assessor não identificado, que sofreu ferimentos nas mãos.

O que chamou ainda mais atenção no caso foi que esse episódio foi relatado apenas dois dias após pacotes semelhantes serem encontrados no escritório da ministra do interior do país, Annelies Verlinden, e também na sede do serviço de segurança do estado. Outra pessoa chegou a ser colocada em quarentena como precaução, mas felizmente não ficou ferida.

Nesta quarta-feira, 8 de janeiro, a promotoria de Bruxelas revelou que uma investigação sobre o caso apontou que o pó branco foi identificado como estricnina, um veneno que pode ser fatal. A substância é usada como veneno para ratos e, em humanos, pode provocar espasmos musculares, parada cardíaca, falência de órgãos e até a morte.

A notícia da carta, ainda em novembro, chamou atenção especialmente na Bélgica, pois, naquela mesma semana, um homem carregando uma faca foi preso do lado de fora do escritório do primeiro-ministro, em Bruxelas. No entanto, o que foi divulgado na época pela polícia foi que suas motivações não eram claras.

Nosso colega está felizmente bem agora e, na época, todos os procedimentos foram seguidos rigorosamente para evitar mais danos", informou um porta-voz de De Croo em coletiva de imprensa. "Mas isso não pode ser o novo normal".

Ataques na Europa

Esses incidentes na Bélgica chamam atenção não só no país mas também em toda a Europa, visto que se relaciona diretamente a um aumento de ameaças e violência contra políticos eleitos que vem sendo registrado em vários países, segundo o The Guardian.

Por exemplo, em maio do ano passado, o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, sofreu uma tentativa de assassinato durante um encontro com um pequeno grupo de apoiadores na cidade de Handlová. O suspeito, um homem de 71 anos, foi acusado de tentativa de homicídio premeditado, sendo responsável por disparar ao menos cinco vezes; felizmente, Fico sobreviveu.

Além disso, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, foi atacada em junho em uma praça em Copenhage, que lhe causou grande choque psicológico. E novamente na Bélgica, em 2022, o então ministro da Justiça, Vincent Van Quickenborne, precisou ser colocado sob forte segurança depois que a polícia identificou um complô para sequestrá-lo, atribuído a gangues de traficantes.

O Conselho da Europa notificou em 2023 que a violência contra representantes eleitos vinha aumentando pelo continente, e a tendência vem sendo um empecilho para que surjam novos ingressantes na política.

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