Begoleã Fernandes, de 26 anos, foi preso com carne humana dentro de mala no aeroporto de Lisboa na última semana; ao confessar assassinato, alegou ter agido em legítima defesa
Éric Moreira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 06/03/2023, às 10h50
Na última semana, o assassinato de Alan Lopes, brasileiro de 21 anos que vivia na Holanda, vem sendo assunto recorrente nas redes sociais. Isso porque o crime envolve suspeitas de canibalismo, levantadas depois da prisão do também brasileiro Begoleã Fernandes, 26, no aeroporto de Lisboa, transportando consigo pedaços de carne humana em uma mala.
Porém, o que antes era uma suspeita, foi confirmado recentemente: em reportagem do Fantástico no último domingo, 5, foi reproduzido um áudio enviado por Begoleã a um amigo onde confessou ter matado Alan Lopes. No entanto, na mensagem o suspeito alega ter agido em legítima defesa, acusando, sem provas, a vítima de ser um canibal.
Ele pegou um marroquino, decepou o cara dentro do açougue, mano, igual a um porco. Ele me mostrou o vídeo. Ele me chamou lá na casa dele para eu comer um pedaço da carne do cara. Aí, na hora que ele tentou me pegar, mano, eu tava com uma faca. Eu fui reagir e passei ele, tá ligado?", disse Begoleã no áudio, como divulgado pela Folha de S. Paulo.
Além disso, o jovem também teria confessado o crime aos pais, que o orientaram a fugir de volta para o Brasil. No entanto, a polícia holandesa pediu pela extradição do autor do crime de Portugal, onde foi detido, para a Holanda, onde teria cometido o assassinato.
Embora o caso ainda não esteja completamente esclarecido, diversas mídias internacionais, como o jornal português Correio da Manhã, vêm se referindo a Begoleã como "canibal". Porém, a polícia holandesa contesta e afirma que ele é suspeito de homicídio doloso, e não de canibalismo, acrescentando ainda que o corpo de Alan estava completo.
Em entrevista ao Fantástico, Antônia dos Anjos Lima, mãe da vítima, afirmou acreditar que Begoleã teria sofrido com alucinações antes de cometer o crime, visto que ele afirma que Alan era canibal e partira para cima dele, então teria matado o amigo em legítima defesa. Já a irmã da vítima, Kamila, disse: "Ele pode ter tido um estado psicótico, alguma coisa ele imaginou e passou a acreditar naquilo, e foi onde tudo começou."
Uma amiga de Alan, que pediu para não ser identificada, também afirma não acreditar na versão da história contada por Begoleã, de que a vítima teria matado um marroquino dentro do açougue em que trabalhava. "Eu acho isso impossível, pelo fato de o patrão dele estar sempre presente, e ele não tinha esse acesso, essa liberdade de estar lá dentro sozinho", disse.
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