A decisão do Queen foi comentada pelo compositor de alguns dos maiores sucessos da banda
Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 24/11/2021, às 10h36 - Atualizado em 11/06/2022, às 06h00
A presença de palco e letras enérgicas de Freddie Mercury como vocalista do Queen enalteceram a relevância de um grupo que marcou duas décadas de músicas históricas, até a morte do astro, em 24 de novembro de 1991. Contudo, uma pauta não se fez presente nas composições da banda: política.
Mesmo com o poder de influenciar gerações, o comportamento político da banda permaneceu desconhecido, se restringindo apenas as opiniões individuais dos membros em entrevistas. Mesmo assim, decidiram não abordar pautas cotidianas nas letras das canções.
Porém, se engana quem acredita que se tratou apenas de um caminho não acordado pela banda.
Em entrevista ao MusicRadar, em setembro deste ano, Roger Taylor, baterista e compositor de alguns dos maiores sucessos do grupo, explicou que se tratou de uma decisão conjunta, que partiu do vocalista.
De acordo com a Rolling Stone Brasil, o percussionista acrescentou que Mercury não se interessou em passar uma mensagem política ainda no início da banda, promovendo uma proposta de composições dançantes e distinta de pensamentos realistas.
Foi uma escolha consciente. Logo no início — e você precisa lembrar que havia muita coisa pesada acontecendo na política nos anos 70 —, Freddie disse: ‘Olha, eu não quero me envolver em tudo isso. Eu quero rodar o mundo tocando músicas que as pessoas possam curtir. Não estou aqui para passar uma mensagem.' Ainda acho que é uma boa maneira de ver as coisas. Eu não quero ser muito… enfadonho”, afirmou Taylor.
Da mesma maneira que continuaram o trabalho da banda depois do óbito do amigo, os membros buscaram respeitar a decisão do vocalista quando a decisão foi acordada, mantendo o Queen apartidário e livre de posicionamentos políticos.
Espero ter conseguido ficar do lado certo na linha tênue entre o rock e a política. Espero nunca chegar ao ponto em que me encontrarei discursando no palco, apontando o que há de errado com o mundo. Freddie nunca me perdoaria”, concluiu o baterista.
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