A descoberta terá implicações importantes nas próximas escavações buscando obras de arte na região destruída
Ingredi Brunato Publicado em 01/12/2020, às 08h00
Um estudo recente do grupo IBeA descobriu que os fragmentos de rocha expelidos pelo vulcão Vesúvio durante a erupção que destruiu Pompeia são capazes de danificar as pinturas escondidas sob os destroços, porém apenas no momento em que elas são desenterradas.
“Enquanto as pinturas permanecem no subsolo, elas são protegidas pelos fragmentos de rocha vulcânica, contudo, uma vez que são trazidas à superfície, sais começam a se formar devido ao efeito do ar, umidade, etc”, explicou a especialista Maite Maguregui, que esteve envolvida no estudo, de acordo com o Phys Org.
Segundo ela, esses sais seriam os grandes causadores dos “piores e mais visíveis” prejuízos aos murais. Isso porque os sais se dissolveriam levando consigo materiais como pigmentos e argamassa.
O próximo passo da pesquisa será mapear onde estão enterrados as pinturas, e calcular com quantos sais eles estarão lidando, para que a equipe de conservação possa fazer um melhor trabalho ao desenterrar esses murais.
Sobre Pompeia
Situada no pé do monte Vesúvio, às margens do que hoje conhecemos como baía de Nápoles, Pompeia era uma cidade próspera, com cerca de 20 mil moradores. Toda murada, tinha uma área urbana – onde se concentravam residências e casas comerciais como padarias, bares, lavanderias, bancos e banhos públicos – e uma rural, ocupada por grandes fazendas, onde se plantando quase tudo dava, principalmente trigo, azeitona e uva.
Foi então que, em uma manhã, o vulcão Vesúvio entrou em erupção, escurecendo o dia com uma nuvem espessa de fumaça, lançando pedras quentes a dez mil metros de altura (o que fez com que demorasse vários minutos para chegarem ao chão) e expelindo uma onda de calor e gases tóxicos que terminaram de matar quem tinha conseguido sobreviver até ali.
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