Joias reais em exposição - Getty Images
Elizabeth II

Petição exige devolução de diamante de Elizabeth II à África

A preciosidade enfeitava um dos cetros oficiais da rainha Elizabeth II

Redação Publicado em 19/09/2022, às 18h10

A África do Sul e o Reino Unido entraram em uma disputa pelo maior diamante lapidado do mundo, que está encrustado em um dos cetros da rainha Elizabeth II. Os cidadãos do país africano agora pedem que os europeus o devolva. De acordo com a revista britânica Time Out, a pedra preciosa foi dada de presente à Família Real durante o domínio da colonização britânica, em 1905.

Porém, críticos da monarquia dizem que os britânicos roubaram o diamante da África no século 20. Uma petição pedindo que a pedra volte ao país de origem e que seja colocado em um museu já acumula mais de 6 mil assinaturas.

O objeto era conhecido como "A Grande Estrela da África", mas seu nome foi modificado para homenagear o presidente da mina em que foi extraído, Thomas Cullinan. Após a morte de Elizabeth II em 8 de setembro, alguns perfis do Twitter começaram a exibir teorias que não são comprovadas oficialmente.

"A gema de 530 quilates foi extraída na África do Sul em 1905. Foi roubada da África do Sul. Seu valor estimado é de US$ 400 milhões (R$ 2 bilhões)", dizia uma das postagens.

Queen Elizabeth II owns the largest clear cut diamond in the world Known as 'The Great Star of Africa' the 530 carats gem was mined in South Africa back in 1905. It was stolen from South Africa. It has an estimated worth of $400 million. pic.twitter.com/HesTmGTv4d

— Africa Archives ™ (@Africa_Archives) September 8, 2022

Caminho da pedra preciosa

O diamante fazia parte de um dos cetros da rainha, que foi exibido sobre o caixão da monarca em seu funeral, que ocorreu na última semana, em Westminster. A pedra preciosa foi descoberta em 26 de janeiro de 1905, na Premier Mine, na província de Transvaal, na África do Sul.

Segundo o site brittanica.com, via Uol, o governo africano da época comprou o diamante original e foi vendido ao rei britânico Eduardo 7° em 1907. Estima-se que seu atual valor é de 350 milhões de libras (R$ 2,1 bilhões).

O ativista Thanduxolo Sabelo, envolvido no abaixo-assinado, criticou: “O diamante Cullinan deve ser devolvido à África do Sul imediatamente. Os minérios do nosso país e de outros países continuam a beneficiar o Reino Unido às custas do nosso povo".

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