Um estudo da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, revelou as características únicas do papel-moeda impresso por um dos líderes da Revolução Americana
Redação Publicado em 18/07/2023, às 16h40
Após sete anos de investigação, pesquisadores divulgaram na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, como eles desvendaram os mistérios por trás do papel-moeda impresso por Benjamin Franklin. Conforme repercutido pela Galileu, Benjamin inovou em um campo até então pouco explorado.
Após analisarem 600 notas que datam do período colonial dos Estados Unidos, entre elas exemplares impressos por Franklin e algumas falsificadas, a equipe de Khachatur Manukyan, professor de Física e Astronomia na Universidade de Notre Dame, percebeu um esforço do pai fundador contra a falsificação.
Lançando mão de técnicas consideradas inovadoras para sua época, Franklin imprimiu aproximadamente 2,5 milhões de cédulas para serem usadas nas colônias. Para isso, ele utilizou fibras, papéis e tintas que tornavam o papel-moeda difícil de ser reproduzido.
Em 1728, quando Benjamin Franklin inaugurou sua gráfica, o papel-moeda era algo pouco utilizado, pois a inexistência de um valor intrínseco, como é o caso da prata e do ouro, trazia o perigo da desvalorização.
Khachatur Manukyan explicou como descobriu as medidas tomadas por Benjamin para aumentar a segurança da cédula:
Para manter a confiabilidade das cédulas, Franklin precisava estar um passo à frente dos falsificadores. Mas, o livro onde sabemos que ele registrou essas decisões e métodos de impressão foi perdido para a história. Usando as técnicas da física, conseguimos restaurar, em parte, parte do que esse registro teria mostrado”, esclareceu Manukyan.
Muitos atributos contribuíram para que as cédulas de Franklin fossem únicas, um deles foram os pigmentos utilizados. Nas notas de Benjamin foi possível encontrar o uso de cálcio e fósforo em quantidades quase que imperceptíveis, já as notas falsas a presença desses elementos era bastante óbvia.
Franklin também utilizou um corante composto por grafite extraído de rochas, o que distinguiu suas cédulas das produzidas por falsificadores. Ele também adicionava moscovita, um componente translúcido, às suas impressões, alterando a sua aparência.
Segundo Manukyan, a produção dessas cédulas garantia a autonomia financeira e política da colônia:
A maioria das moedas de prata e ouro trazidas para as colônias britânicas americanas foram rapidamente drenadas para pagar por produtos manufaturados importados do exterior, deixando as colônias sem suprimento monetário suficiente para expandir sua economia", disse o pesquisador.
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