Acompanhadas de flechas e decorações, elas possuíam ferimentos no crânio
Wallacy Ferrari Publicado em 11/01/2022, às 16h05
Um grupo de pesquisadores localizou evidências de restos mortais de duas mulheres enterradas a 3 mil anos atrás em um terreno onde arqueólogos acreditam tratar-se de um cemitério antigo, localizado na região de Jrapi, na Armênia, publicando a descoberta na revista científica International Journal of Osteoarchaeology.
Acompanhadas de artefatos da época, as evidências chamaram atenção para o posicionamento social de ambas; acredita-se que eram guerreiras, ou seja, mulheres tiveram um papel central em combates visando a defesa de seus povo, deixando de lado a compreensão de que os duelos eram composto apenas por homens.
“Não apenas mulheres armênias comuns defenderam sua terra natal com armas, mas também nobres rainhas e princesas armênias inspiraram gerações com sua coragem, destemor e habilidade com armas”, defendem os cientistas no enredo do estudo.
A descoberta é diretamente ligada à mitologia da Armênia, onde historicamente as mulheres já foram retratadas como combatentes. Os novos achados são apontados pelos autores da pesquisa como corpos de guerreiras que morreram em batalha, com uma delas contando com uma perfuração profunda no crânio.
A outra também conta com um ferimento semelhante na cabeça, mas também sinais de golpes na mandíbula e tornozelo, além de estarem dispostas ao lado de flechas e objetos decorativos, método padrão em rituais da época.
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