A nova espécie, nomeada como Vampyroteuthis pseudoinfernalis, é apenas a segunda espécie viva de lula "vampira" conhecida
Éric Moreira Publicado em 04/07/2024, às 09h17
Recentemente, pesquisadores chineses descobriram uma nova espécie de lula "vampira", sendo essa apenas a segunda espécie viva conhecida em todo o mundo. A descoberta foi descrita em estudo publicado em maio no periódico de pré-impressão da revista científica BioRxiv.
A primeira espécie de lula do tipo conhecida, chamada de lula-vampira (Vampyroteuthis infernalis) mede até 30 centímetros e, embora tenha aparência — parecendo uma bolha preta e gelatinosa — e nome ameaçadores, ela é um animal necrófago que vive em águas profundas. Portanto, é bastante improvável que ela cause danos a algo que não seja um pequeno invertebrado, preferindo se alimentar de fezes e animais mortos.
A espécie foi descrita pela primeira vez em 1903, após uma expedição de águas profundas lideradas pelo biólogo marinho alemão Carl Chun. Posteriormente, vários animais semelhantes foram descritos, encontrados em ambientes oceânicos temperados e tropicais de várias áreas do mundo, mas todos os espécimes se revelaram ser da mesma espécie, mas em formas juvenis — o que justificava diferenças em características físicas.
Vale mencionar que outras espécies do grupo Vampyroteuthis, das lulas-vampiras, também já foram encontradas em vários lugares, mas apenas em registro fóssil, sendo já extintas. A nova espécie descoberta é apenas a segunda viva já vista.
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No estudo recente, foi descrito que a nova espécie de lula-vampira, chamada de Vampyroteuthis pseudoinfernalis, foi encontrada no Mar da China Meridional, próximo à ilha de Heinan, em 2016. Ela estava entre 800 e 1000 metros de profundidade, na zona crepuscular, onde chega pouca luminosidade.
O que diferencia essa nova espécie da já conhecida há mais de um século é que a posição de dois órgãos produtores de luz (fotóforos), entre suas nadadeiras e cauda, são diferentes, além de que a V. pseudoinfernalis também apresenta uma causa pontiaguda, enquanto a outra não tem nenhuma. Por fim, segundo o Live Science, a nova espécie também conta com um bico com uma asa mais longa, em sua mandíbula inferior.
Analisaremos mais espécimes para garantir que as diferenças morfológicas observadas sejam consistentes no futuro", afirma Dajun Qiu, biólogo marinho do Instituto de Oceanologia do Mar da China Meridional, à Live Science.
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